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As forças sírias mataram a tiros uma pessoa na cidade de Hama nesta sexta-feira ao dispersarem um protesto pelo aniversário de um massacre em 1982 realizado por soldados leais ao pai do presidente Bashar al-Assad, disseram ativistas.

O grupo Observatório Sírio para os Direitos Humanos, da oposição, disse que forças de segurança dispersaram os manifestantes no distrito de Janoub al-Mallab, em Hama, onde os moradores planejavam soltar 1.000 balões vermelhos para marcar o assassinato de mais de 10.000 pessoas quando as forças de Hafez al-Assad esmagaram um levante islâmico.

A violência continua enquanto diplomatas nas Nações Unidas discutem sobre um esboço de resolução árabe-ocidental condenando as autoridades sírias pela repressão militar contra os 11 meses de revolta, na qual milhares de pessoas morreram.

Ativistas relataram prisões e pesada artilharia em várias áreas e disseram que pelo menos quatro pessoas foram mortas, inclusive duas crianças na província de Idlib, no norte do país, e dois civis ao redor de Damasco, onde o governo derrotou os rebeldes que haviam temporariamente controlado subúrbios na semana passada.

O governo sírio diz que militantes apoiados por forças externas estão por trás do levante contra os 42 anos do regime da família Assad. Durante todo esse tempo, as autoridades proibiram qualquer evento relacionado à matança em Hama.

Os ativistas disseram que protestos seriam realizados em toda a Síria nesta sexta-feira depois das principais orações muçulmanas semanais, sob a faixa "Hama, perdoe-nos".

Na quinta-feira, moradores cobriram muitas das ruas de Hama com tinta vermelha para marcar o ataque de quatro semanas contra a cidade e a destruição da velha cidade pelas forças de Hafez al-Assad em fevereiro de 1982.

No Conselho de Segurança da ONU, os autores árabes e ocidentais de uma resolução que condena a repressão da Síria revisaram o texto na quinta-feira em um esforço para evitar um veto russo, apesar de a resolução ainda incluir termos rejeitados por Moscou.

O Marrocos circulou um novo esboço de resolução depois que o embaixador russo, Vitaly Churkin, disse para uma sessão fechada do conselho de 15 nações que iria vetar o documento se ele fosse à votação na sexta-feira com a frase de que o conselho "apoia totalmente" um plano da Liga Árabe pedindo que Assad renuncie, disseram diplomatas ocidentais.

Essa frase continua no texto. Mas vários diplomatas disseram que a ameaça de Churkin tinha mais a ver com o momento do que com a substância da resolução, e achavam que ainda seria possível persuadir o russo a se abster ou a apoiar o documento.

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