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Barricada na cidade de Donetsk, na Ucrânia, que virou palco de combates entre ucranianos nacionalistas e pró-russos | REUTERS/Yannis Behrakis
Barricada na cidade de Donetsk, na Ucrânia, que virou palco de combates entre ucranianos nacionalistas e pró-russos| Foto: REUTERS/Yannis Behrakis
  • Protesto em Donetsk contra as forças ucranianas

As forças de segurança da Ucrânia e os rebeldes pró-Rússia voltaram a se enfrentar nesta quarta-feira em Donetsk e foi possível ouvir disparos de artilharia antiaérea no centro da cidade, segundo o site oficial da prefeitura.

A autoproclamada república popular de Donetsk confirmou que estão ocorrendo combates nas imediações da sede regional do Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU), um dos prédios oficiais tomados pelos insurgentes há dois meses.

Os rebeldes anunciaram que derrubaram um avião não pilotado das forças de Kiev. "Os milicianos dispararam contra um avião não pilotado, que foi derrubado", afirmou o Twitter dos insurgentes.

As autoridades municipais da cidade, bastião da rebelião pró-Rússia contra Kiev, pediram aos moradores da região que "não se aproximem das janelas e não saiam para as varandas e ruas, exceto em casos de extrema necessidade".

Testemunhas citadas pela imprensa local informaram que caças e helicópteros de combate ucranianos sobrevoam o centro da cidade, enquanto os milicianos disparam contra eles do prédio da SBU com fogo de artilharia antiaérea.

Vários jornalistas no local confirmaram pelo Twitter que os cidadãos se refugiaram em abrigos subterrâneos após escutar o estrondo dos caças ucranianos sobre o centro de Donetsk.

Os milicianos asseguram ter retomado o aeroporto de Donetsk, que foi há dois dias cenário de sangrentos combates, que deixaram pelo menos 50 mortos entre os rebeldes.

"Os tiroteios na zona do aeroporto terminaram. Os milicianos controlam a terminal e o perímetro. Não há aviões no céu. Os milicianos reforçam as barricadas", informou a república popular de Donetsk em seu Twitter.

Vários hospitais e colégios permanecem fechados nos distritos centrais da cidade devido à "operação antiterrorista" lançada pelo governo de Kiev contra as milícias pró-Rússia.

Enquanto isso, quatro membros da equipe de observadores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) seguem desaparecidos.

Segundo várias testemunhas, os necrotérios da cidade já não podem receber mais corpos, em sua maioria insurgentes russófonos, como se pode verificar nas fotos publicadas nas redes sociais.

O prefeito de Donetsk, Alexander Lukianchenko, disse ontem que 40 pessoas morreram nos últimos combates na cidade, entre eles pelo menos quatro civis.

Os rebeldes pró-Rússia, no entanto, denunciaram que pelo menos cem pessoas (alguns insurgentes falam em 200 vítimas) morreram nos enfrentamentos armados de segunda-feira.

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