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O pré-candidato republicano Mitt Romney, duas vezes mais rico do que o americano médio, é criticado pela forma como construiu sua fortuna graças a um fundo de investimentos. No entanto, ele não é o mais rico a disputar a Casa Branca.

Com uma fortuna de 250 milhões de dólares, Romney "provavelmente é uma das pessoas mais ricas a se apresentar às eleições", afirmou seu adversário republicano, Rick Perry, um dos que disputa com ele a chance de conseguir a indicação do Partido Republicano para enfrentar Barack Obama.

Houve mais ricos do que o ex-governador de Massachusetts, como por exemplo Steve Forbes. Ele tentou sem sucesso a candidatura republicana em 1996 e 2000 e tinha 450 milhões de dólares, segundo a empresa especializada em grandes fortunas Wealth-X.

Uma quantia modesta, se comparada aos 3,58 bilhões de dólares do magnata das tecnologias da informação Ross Perot, candidato independente em 1992 e 1996.

Os democratas também tiveram seus pretendentes ricos. John Kerry, que perdeu a eleição presidencial de 2004 para George W. Bush, tem 240 milhões de dólares, graças em grande parte à fortuna de sua esposa, Teresa, herdeira da família Heinz, famosa pelo molho de tomate.

Outro é um dos presidentes mais célebres do país, John F. Kennedy. Embora nunca tenha herdado nada porque foi assassinado antes da morte de seus pais, sua fortuna potencial rondava o bilhão de dólares.

Thomas Jefferson, um dos patriarcas fundadores dos Estados Unidos, dono de uma plantação, teria em valores de hoje um patrimônio de 212 milhões de dólares.

Os bens de George Washington, o primeiro presidente dos Estados Unidos, valeriam atualmente 525 milhões de dólares, graças, sobretudo, aos aproximadamente 3.000 hectares de terras que tinha na Virgínia.

Romney é o favorito a conseguir a indicação republicana para as presidenciais de novembro após vencer as duas primeiras prévias da corrida presidencial, em Iowa e New Hampshire.

Mas a origem de seu dinheiro causa desconfiança em um país que ainda luta para sair da crise financeira de 2008, pois ele conseguiu a maior parte de sua fortuna trabalhando para o Bain Capital, um fundo de investimentos com grandes ganhos, mas também responsável por muitas demissões.

"Isto torna o tema da distribuição dos sacrifícios", recorrente em tempos de crise, "em algo mais delicado", disse Jeffrey Winters, analista político da Universidade Northwestern.

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