Fórum Mundial da Água reafirma a importância da água para o desenvolvimento

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Ministros e representantes políticos de 140 países firmaram, nesta quarta-feira, durante a cerimônia de encerramento do IV Fórum Mundial de Água, um documento que reafirma a importância fundamental da água para o desenvolvimento e elege Estambul, capital da Turquia, como sede da quinta edição do evento, a ser realizado em 2009.

- Todos reconhecemos que o acesso à água é um direito fundamental, mas teremos que trabalhar mais para incorporá-lo às Constituições e às leis nacionais - disse o ministro mexicano do Meio Ambiente, José Luis Luege. - Enfatizamos a necessidade de incluir a água e o saneamento como prioridades nos processos nacionais, em particular nas estratégias nacionais de desenvolvimento sustentável e redução da pobreza - afirmou.

A discussão do documento final do evento ficou centrada na questão do acesso à água. Bolívia, Cuba e Venezuela pretendiam incorporar ao texto a idéia de que o acesso à água, em qualidade e quantidade, constituía um "direito humano" fundamental. Para os países da União Européia, a água deveria ser encarada como "um direito fundamental, principalmente no que se refere às necessidades básicas para a vida".

O documento final abraça ambas as idéias e defende que há que se fazer mais em termos de redução de desastres relacionados com a água, a saúde, o desenvolvimento agrícola e rural, a hidro-energia e a segurança alimentar", entre outros aspectos diretamente relacionados a ecisões políticas.

O ministro de Água da Bolívia, Abel Mamani, avaliou positivamente o documento final. A ministra espanhola do Meio Ambiente, Cristina Narbona, também elegiou o texto de caráter consensual

- É uma declaração em que se reiteram objetivos e compromissos anteriormente firmados em grandes cúpulas mundiais reconhecidas pela ONU e se alude à necessidade de contar com mais recursos econômicos para cumprir com os Objetivos de Desenvolvimento para o Milênio - disse Narbona. - Na minha opinião, o valor deste fórum está na oportunidade de reunir, num mesmo ambiente, tantos pontos de vista: governamentais, empresariais e sociais.