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Paris (AFP) – O Fórum Social Mundial, encontro anual do movimento antiglobalização, abandona novamente este ano seu berço, em Porto Alegre, e estende discussões a três locais diferentes. A primeira etapa ocorre na África, em Bamako, capital de Mali, a partir de amanhã. Depois será a vez da Ásia e da América Latina.

Pela primeira vez "policêntrico", o grande evento dos oponentes à globalização liberal terá sua fase em Mali até segunda-feira, e continuará em Caracas, entre 24 (terça-feira) e 29 de janeiro. Finalmente, o 6.º FSM, que em 2004 se distanciou de Porto Alegre, instalando-se na Índia para um fórum único, vai para Karachi, no Paquistão, no fim de março, em data ainda a ser confirmada. O terremoto de 8 de outubro, que deixou 73 mil mortos e 3,5 milhões de desabrigados nesta região, complicou a organização do evento.

Como sempre, o FSM coincide com o Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, ponto de encontro das máximas autoridades políticas e econômicas, criticadas pelos manifestantes antiglobalização. Em Caracas, onde são esperadas 120 mil pessoas, 80% delas venezuelanas, o fórum será marcado por "cartadas claramente políticas na mesa", disse um dos fundadores do FSM, Cândido Grzybowski.

"É uma sorte e um problema porque certas organizações cooperam com determinados governos de esquerda eleitos no continente e outras os criticam", explicou. Além de Hugo Chávez, anfitrião do fórum, foi anunciada a presença dos presidentes de Bolívia, Evo Morales, e Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, do intelectual americano Noam Chomsky e do escritor argentino Ernesto Sábato. A inclinação para a esquerda, marcada no continente, demarca as 2,3 mil atividades inscritas no programa.

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