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O presidente do México, Vicente Fox, ordenou neste sábado o envio de tropas federais a Oaxaca para pôr fim ao conflito que vive o estado sulista há cinco meses. Fontes da presidência informaram a decisão de Fox, que aconteceu após um aumento da tensão nas últimas horas, que deixaram quatro mortos em confrontos com armas de fogo entre desconhecidos e opositores ao governador do estado, Ulises Ruiz. "Em resposta aos eventos ocorridos no dia de ontem (sexta-feira) na cidade de Oaxaca, os quais atentam contra a ordem e a paz dos cidadãos do lugar, o presidente da República, Vicente Fox, ordenou a mobilização de forças federais na cidade", indica a nota oficial.

O texto assegura que "o efetivo irá se concentrar na capital do estado neste sábado" sem dar mais informações. Com esta medida, o presidente pretende devolver a normalidade à capital de Oaxaca, onde na sexta-feira se viveu um dia violento com tiroteios, explosões de coquetéis molotov e queima de veículos.

A primeira vítima nos distúrbios foi o cinegrafista americano Bradley Roland Will, que recebeu um tiro no peito. Os outros três mortos foram os mexicanos Esteban Zurita López, Emilio Alonso Fabián e Eudocia Olivera Díaz, os dois primeiros baleados no confronto e a última porque a ambulância na qual era transferida não pôde atravessar as barricadas.

Enquanto se produzia esta escalada de violência, na capital mexicana o ministro de Governo (Interior) Carlos Abascal se reunia com dirigentes da seção 22 do Sindicato Nacional de Trabalhadores da Educação (SNTE), do qual partiram os protestos em maio passado. Ao fim do encontro, o governo emitiu um comunicado no qual condenou a violência e pediu a Oaxaca que apure os fatos.

O conflito em Oaxaca começou em 22 de maio com uma greve de professores e se radicalizou em 14 de junho com uma fracassada tentativa policial de despejo, o que causou a adesão aos protestos de várias organizações sociais, aglutinadas na Assembléia Popular dos Povos de Oaxaca (APPO). Os professores decidiram na quinta-feira passada terminar a greve, mas falta saber quando as aulas recomeçarão, ponto que tinham que decidir neste sábado. Com a decisão dos professores, o movimento civil em Oaxaca fica dividido, pois a APPO insiste em que manterá suas ações caso o governador, Ulises Ruiz, do Partido Revolucionário Institucional (PRI), não renuncie.

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