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Ex-diretor do FMI é acusado de tentar estuprar escritora | AFP/Allan Tannenbaum
Ex-diretor do FMI é acusado de tentar estuprar escritora| Foto: AFP/Allan Tannenbaum

Paris - Promotores franceses abriram uma investigação preliminar, ontem, sobre a acusação de tentativa de estupro feita por uma es­­critora francesa contra o ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn. A promotoria pe­­diu à polícia de Paris que conduza a investigação preliminar

A escritora Tristane Banon, de 32 anos, acusa Strauss-Kahn de ter tentado estuprá-la em fevereiro de 2003, quando ela foi entrevistá-lo para para um livro.

Strauss-Kahn foi libertado da prisão domiciliar em Manhattan na semana passada, depois que foram levantadas dúvidas sobre a credibilidade da camareira do ho­­tel em Nova York que o acusou de agressão sexual.

Por meio de seu advogado, Hen­­ri Leclerc, Strauss-Kahn disse considerar a acusação de Tristane sobre o encontro de 2003 uma "in­­venção de sua imaginação". O ad­­vogado do réu disse no início desta semana que seu cliente o instruiu a preparar um processo por calúnia contra a escritora.

Após as investigações preliminares, os promotores de Paris po­­dem designar um magistrado in­­vestigativo para concluir o inquérito policial ou desconsiderar a acusação. A sentença por tentativa de estupro pode chegar a 15 anos de prisão na França, onde o estatuto de limitações para este ti­­po de crime é de dez anos.

Especialistas dizem que uma dificuldade no caso de Tristane será determinar se suas acusações podem ser consideradas como uma tentativa de estupro ou ataque sexual, cuja acusação só pode ser aberta até três anos depois do suposto ataque.

Tristane falou pela primeira vez sobre o caso em 2007 durante entrevista a um canal de televisão francês. Na época, Banon havia decidido não abrir um processo contra Strauss-Kahn por te­­mores de que isso representasse uma man­­cha indelével em seu currículo.

Em entrevista à revista francesa L’Express desta semana, a escritora disse que decidiu processar Strauss-Kahn porque "não podia mais aguentar ouvir que era uma mentirosa porque não abriu um processo".

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