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A primeira-ministra francesa, Elisabeth Borne, discursa no Parlamento dentro da Assembleia Nacional em Paris, França, 06 de julho de 2022.
A primeira-ministra francesa, Elisabeth Borne, discursa no Parlamento dentro da Assembleia Nacional em Paris, França, 06 de julho de 2022.| Foto: EFE/EPA/Mohammed Badra

A primeira-ministra da França, Élisabeth Borne, anunciou nesta quinta-feira (04) que vai nomear um embaixador LGBTQ+ no final do ano para defender os direitos deste grupo no cenário internacional.

Durante um evento em Orleans, na região central do país, por ocasião da comemoração dos 40 anos da descriminalização da homossexualidade na França, a chefe de Governo garantiu que esse novo cargo vai coordenar as ações do Ministério das Relações Exteriores.

Sua tarefa será lutar contra a discriminação contra o grupo, promover seus direitos e defender "a descriminalização universal da homossexualidade e da identidade trans", disse Borne.

A primeira-ministra francesa denunciou "o fato de os direitos dos homossexuais estarem sendo questionados, inclusive no sistema europeu", em uma alusão velada à Hungria de Viktor Orban, que, segunda ela, justifica a criação desse novo cargo.

Em 4 de agosto de 1982, a esquerda francesa retirou do Código Penal as penas impostas para as relações homossexuais, que haviam sido introduzidas pelo regime de Vichy durante a invasão alemã na Segunda Guerra Mundial. Nesse mesmo dia, aconteceu na França a primeira manifestação do Orgulho LGBTQ+ no país.

Borne destacou os "progressos legislativos para a comunidade LGBTQ+ nos últimos cinco anos", desde que o presidente Emmanuel Macron chegou ao poder.

Nesse sentido, citou o acesso à reprodução médica assistida para todas as mulheres e a proibição de terapias de conversão.

Élisabeth Borne agradeceu o trabalho “exemplar” dos centros e associações LGBTQ+ no país, que são “um ponto de entrada identificável e acessível” para o “grande número de pessoas que não sabem a quem recorrer”.

Em relação a isso, anunciou a criação de um fundo de 3 milhões de euros para criar dez novos centros LGBTQ+ na França e reforçar os 35 que já existem.

A primeira-ministra propôs que houvesse pelo menos dois centros para cada região da França metropolitana e um em cada região ultramarina.

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