O presidente francês, François Hollande, confirmou hoje (12) que seis pessoas morreram e 22 ficaram gravemente feridas pelo descarrilamento de um trem na estação de Bretigny-sur-Orge, cerca de 26 km ao sul de Paris. É possível que o número de vítimas aumente - em um primeiro momento, o número de mortos divulgados chegou a ser de sete.
Hollande, que visitou a estação quando ainda continuavam os trabalhos de resgate, disse aos jornalistas que um dos feridos estava entre a vida e a morte e que 190 passageiros tinham recebido tratamento dos serviços médicos.
Sobre as causas do acidente, se limitou a declarar que os testemunhos indicam que "houve um choque. Falta conhecer a natureza desse choque. A investigação dirá", comentou, detalhando que haverá três investigações, uma da justiça, outra da companhia ferroviária SNCF e uma terceira do Ministério de Transportes.O presidente francês afirmou que os primeiros bombeiros que chegaram ao local "descobriram uma cena atroz", mas fez questão de ressaltar uma mensagem de "solidariedade".
"A França é um país que quando se vê diante de uma catástrofe é capaz de enfrentá-la", disse Hollande, que esteve acompanhado na sua visita ao local do descarrilamento por seu ministro dos Transportes, Frédéric Cuvillier.
A estação de Bretigny-sur-Orge estava lotada, devido ao feriado no país, e o trem tinha 385 pessoas a bordo, segundo a SCNF, companhia que opera os trens franceses. No domingo, dia 14, comemora-se o Dia da Bastilha.
O acidente aconteceu por volta das 17h locais (12h em Brasília). Com o impacto da batida, a composição, de oito vagões, partiu ao meio. Quatro vagões continuaram no trilho, enquanto os outros ficaram em cima da plataforma. Segundo a concessionária SNCF, o trem levava ao menos 370 passageiros.
A prefeitura de Essone convocou um gabinete de crise, com membros do governo local, da operadora e da ministra dos Transportes, Frédéric Cuvillier. Os bombeiros locais pediram reforço aos quartéis de Paris.
Segundo o prefeito de Brétigny-sur-Orge, Bernard Decaux, três vagões "estão dentro uns dos outros na estação e um quarto está tombado um pouco mais longe".
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