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Caso pode complicar o trabalho de Christine Lagarde, que procura obter o apoio de críticos e, sobretudo, de nações emergentes | Gerard Cerles/AFP
Caso pode complicar o trabalho de Christine Lagarde, que procura obter o apoio de críticos e, sobretudo, de nações emergentes| Foto: Gerard Cerles/AFP

Strauss-Kahn

Exame confirma estupro

O exame médico realizado em Nafissatou Diallo horas depois de ela ter sido supostamente agredida por Dominique Strauss-Kahn no dia 14 de maio em Nova York concluiu que a camareira foi estuprada, informou ontem o jornal L’Express, citando um relatório do hospital nova-iorquino.

"Diagnóstico: agressão. Causa dos ferimentos: agressão, violação", detalha o documento que esclarece que Nafissatou chegou de ambulância acompanhada por um policial ao serviço de emergência do hospital St Luke’s Roosevelt de Manhattan às 15h59 (16h59 de Brasília).

O ex-diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI), que sempre se declarou inocente, tem sete acusações contra si, incluindo uma tentativa de estupro, agressão sexual e sequestro, que podem resultar em anos de prisão. O autor da notícia explica que Nafissatou relatou, entre lágrimas, a agressão de que supostamente foi vítima três horas antes em um quarto do hotel Sofitel de Nova York.

"O uso desse relatório médico pelos advogados de Diallo para confirmar ou fortalecer as acusações contra Strauss-Kahn é enganoso e desonesto", disseram os advogados de Strauss-Kahn. (AFP)

  • O ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) Dominique Strauss-Kahn

Paris - A Justiça francesa abriu oficialmente uma investigação sobre a diretora-geral do Fundo Monetá­­rio Internacional (FMI), Christine Lagarde, por suspeitas de envolvimento em um caso vinculado com o empresário Bernard Tapie em 2008.

Lagarde será investigada pelo papel que desempenhou quando era ministra das Finanças no veredicto que encerrou em 2008 o impasse entre Bernard Tapie e o antigo banco público Crédit Lyon­­nais, com o qual o empresário recebeu mais de 200 milhões de euros de indenização, segundo parlamentares.

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O Tribunal de Justiça da Repú­­blica, o único competente para julgar delitos cometidos por mi­­nistros durante o exercício do cargo, elegeu uma comissão de instrução composta por três magistrados do Supremo que realizará a investigação.

Os três juízes deverão determinar se Lagarde cometeu os delitos de "cumplicidade em falsificação" e "desvio de bens públicos", que poderiam condená-la a dez anos de prisão e multa de 150 mil euros.

Nuvem

O complicado sistema judiciário da França pode fazer com que a investigação dure anos, pairando sobre Lagarde enquanto ela tenta deixar sua marca no FMI e obter o apoio de críticos, especialmente nações emergentes irritadas com seis décadas de do­­mínio eu­­ropeu no principal cargo do fundo.

Lagarde foi nomeada para o mais alto posto no FMI depois que o ex-diretor-geral Dominique Strauss-Kahn – outro ex-ministro das Finanças da França – renunciou após ter sido preso em maio por acusações de tentativa de estupro de uma camareira de um hotel de Nova York.

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