Paris O ministro da Imigração e da Identidade Nacional da França, Brice Hortefeux, descartou ontem a possibilidade de o novo governo do país legalizar em massa a situação dos imigrantes ilegais atualmente no país e afirmou que a política a ser implementada será ditada pela firmeza e pelo pragmatismo.
"Devemos deixar de lado a idéia de legalização em massa. Ela não funciona e penaliza, inclusive, os imigrantes", alegou Hortefeux. De acordo com ele, a política do ministério recém-criado pelo novo presidente da França, Nicolas Sarkozy, será guiada "pela firmeza e pelo humanismo", além de "bastante pragmatismo".
O ministro também afirmou que pretende cumprir as metas de deportação de imigrantes ilegais da França. O número de estrangeiros deportados deverá alcançar 25.000 este ano e Hortefeux assegurou que se empenhará para que a meta seja cumprida.
Especialistas e ativistas dos direitos humanos na França afirmam que a criação da pasta é uma vergonha e pode incentivar a xenofobia. Sarkozy usou a identidade nacional como tema de sua campanha eleitoral. O novo ministério vai reunir a responsabilidade por todos os aspectos da imigração, a integração dos recém-chegados e as relações com os países em desenvolvimento. Também vai promover a imigração seletiva, favorecendo trabalhadores qualificados.
De acordo com o novo ministro, 25 mil imigrantes ilegais serão expulsos em 2007. Ele estimou em 200 mil a 400 mil o número de estrangeiros que moram no país sem documentação legal.
A imigração é um assunto problemático na França. Uma pesquisa realizada antes da eleição de Sarkozy mostrou que a maioria dos franceses era a favor da criação do novo ministério.
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