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A França está fornecendo armas aos rebeldes que atuam nas Montanhas Ocidentais da Líbia, numa tentativa de ajudá-los a avançarem até Trípoli, disse o jornal Le Figaro na quarta-feira.

Citando fontes não-identificadas, o jornal disse que a França lançou de paraquedas na região de Jebel Nafusa "grandes quantidades" de armas, inclusive lançadores de foguetes, rifles de assalto, metralhadoras e mísseis antitanque.

A decisão de enviar armas sem consultar os parceiros da Otan ocorreu "porque não havia outra forma de proceder", disse uma fonte de alto escalão.

A rebelião contra os 41 anos de regime de Kadafi fez apenas ligeiros progressos desde que começou a receber apoio dos bombardeios aéreos da Otan, há três meses, mas agora os revoltosos dizem estar se aproximando da capital.

No domingo, os rebeldes das Montanhas Ocidentais, que ficam a sudoeste de Trípoli, obtiveram sua maior vitória das últimas semanas, quando chegaram à localidade de Bir al Ghanam, onde agora enfrentam as tropas governistas.

O Ministério da Defesa francês não se manifestou sobre a reportagem do Le Figaro, e uma fonte do Ministério das Relações Exteriores disse que a chancelaria não cuida de assuntos operacionais, e por isso não poderia fazer comentários.

François Baroin, porta-voz da Presidência, tampouco quis comentar.

O Le Figaro disse ter tido acesso a um mapa confidencial, com selo dos serviços de inteligência franceses, mostrando várias áreas nas montanhas sob comando dos rebeldes aonde armas poderiam ser enviadas.

Falando a jornalistas na terça-feira após uma reunião do presidente francês, Nicolas Sarkozy, com o líder rebelde Mahmou Jibril, o porta-voz Mahmoud Shammam disse que seu grupo não havia solicitado mais assistência militar. "Estamos obtendo nossos meios (militares) de outros lugares", disse o líbio, sem detalhar.

Os rebeldes dizem que também têm recebido armas do Catar, especialmente em Benghazi, a sua "capital," no leste da Líbia.

Sarkozy mantém uma estreita relação com os rebeldes líbios desde que aviões franceses começaram a bombardear a Líbia cumprindo um mandato da ONU para proteger os civis locais.

Embora descarte uma intervenção terrestre, Sarkozy já havia prometido anteriormente intensificar os bombardeios aéreos. No começo de junho, helicópteros franceses e britânicos se envolveram em operações destinadas a tornar mais precisos os bombardeios da Otan contra alvos do governo líbio.

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