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Corpo de Abel Chennouf, morto no dia poe Mohamed Merah, foi enterrado nesta quinta-feira | Sylvain THomas/AFP Photo
Corpo de Abel Chennouf, morto no dia poe Mohamed Merah, foi enterrado nesta quinta-feira| Foto: Sylvain THomas/AFP Photo

A França questionou nesta quinta-feira (22) se o serviço de inteligência errou ao permitir que um jovem muçulmano com antecedentes criminais, que havia sido visto duas vezes no Afeganistão, se tornasse o primeiro assassino a agir no país sob inspiração da Al Qaeda. Acostumada a enfrentar militantes islâmicos oriundos da Argélia, ex-colônia francesa, os serviços de inteligência da França são tradicionalmente vistos como um dos mais eficazes da Europa. O país passou 15 anos sem sofrer atentados terroristas. Mas nesta quinta-feira o chanceler Alain Juppé admitiu que pode ter havido falhas da inteligência no caso de Mohamed Merah, 23 anos, que nos últimos dez dias assassinou três militares, um rabino e três crianças judias, até ser morto na quinta-feira em um cerco policial em Toulouse. Políticos de oposição, inclusive a candidata presidencial direitista Marine Le Pen, questionaram como Merah pode ter cometido esses crimes se já estava sob vigilância e em novembro passado foi interrogado pela agência de inteligência domésticas DCRI. "Como o DCRI estava seguindo Mohamed Merah havia um ano, como pode que tenham levado tanto tempo para localizá-lo (depois do primeiro atentado)", questionou François Rebsman, porta-voz de segurança do Partido Socialista, no site JDD.fr. Merah, cidadão francês de origem argelina, também conseguiu armazenar um arsenal com pelo menos oito pistolas sob os narizes do serviço de inteligência. Em Washington, duas autoridades dos EUA disseram que Merah estava em uma lista de indivíduos proibidos de entrar em qualquer avião com destino ao território norte-americano. Segundo Rebsamen, o nome de Merah apareceu no topo de uma lista de 20 suspeitos a serem observados pelo DCRI depois do atentado de 15 de março contra dois paraquedistas em Montauban, perto de Toulouse. Apesar disso, a agência parece ter perdido a pista dele, permitindo que agisse novamente.

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