A França anunciou nesta quinta-feira o desbloqueio de 1,5 bilhão de euros em ativos da Líbia para os líderes rebeldes do país, afirmou o ministro das Relações Exteriores, Alain Juppé. Também nesta quinta-feira acontece em Paris uma conferência internacional sobre o futuro da Líbia.
A França afirmou ter recebido autorização das Nações Unidas para descongelar o dinheiro. Estados Unidos e Grã-Bretanha já anunciaram a liberação de ativos líbios congelados.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia afirmou que reconheceu os rebeldes como a autoridade interina do país do norte africano. Moscou lembrou, em comunicado, que os rebeldes pretendem desenvolver uma nova Constituição, realizar eleições gerais e formar um novo governo.
A China anunciou o envio de seu vice-ministro de Relações Exteriores, Zhai Jun, como "observador" na conferência de Paris, ao mesmo tempo em que reiterou sua proposta de que a ONU tenha um papel de liderança na reconstrução. Pequim reconheceu a "posição importante" do Conselho Nacional de Transição (CNT) dos rebeldes líbios, mas ainda não o reconheceu oficialmente como governo legítimo do país.
A conferência em Paris desta quinta-feira contará com a participação de 60 líderes mundiais e altos funcionários, com o objetivo de discutir o descongelamento de bens líbios em todo o mundo e ajudar a oposição a reconciliar suas diferenças diplomáticas sobre a campanha militar de incursões aéreas dirigidas pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que contribuiu para derrubar Kadafi. A previsão é que o CNT apresente na conferência uma lista detalhada de pedidos.
Na noite de quarta-feira, a Força Aérea Real britânica entregou 280 milhões de dinares líbios (US$ 232 milhões) para o Banco Central em Benghazi, após acordo para retirar as sanções de quase US$ 1,6 bilhão, dos US$ 20 bilhões retidos no Reino Unido.
A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, espera anunciar em Paris que US$ 1,5 bilhão em contas congeladas do regime líbio nos EUA já foram distribuídos para os rebeldes, segundo funcionários norte-americanos. O dinheiro foi liberado na semana passada, quando o Conselho de Segurança da ONU aliviou as sanções contra a Líbia. É provável que o governo de transição peça empréstimos ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e ao Banco Mundial, segundo funcionários dos EUA. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.
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