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O chefe antiterrorismo da União Europeia (UE), Gilles de Kerchove, defendeu ontem o uso de scanners corporais nos aeroportos de todos os 27 países membros para supostamente melhorar a segurança.

A posição de Kerchove contraria a do Parlamento Europeu e de boa parte da população do bloco, que temem os eventuais impactos dos scanners sobre a saúde e a privacidade dos passageiros, além do alto custo para os cofres públicos.

Concebidas para detectar ar­­mas e explosivos escondidos, as máquinas de escaneamento completo são uma espécie de raio-X com ondas que revelam o que os viajantes usam sob as roupas, exibindo até com clareza contornos dos corpos nus.

"Há uma necessidade de a UE harmonizar a implantação de revistas de corpo inteiro, porque, pelo menos, dois ou quatro Es­­tados-membros vão começar a im­­plantá-los’’, afirmou Kercho­­ve. Ele se referia ao Reino Unido, à Holanda e à Itália, primeiros paí­­ses europeus a anunciar planos de instalar em breve o controverso equipamento em seus aeroportos.

A França anunciou ontem que também instalará scanners nas próximas semanas – primeiro nos aeroportos de Paris e para passageiros de voos com destino aos Estados Unidos.

Atualmente a cargo dos governos nacionais, a adoção de scanners só se tornará obrigatória para os países da UE se for aprovada pelo Legislativo do bloco, que engavetou em 2008, com apoio popular, uma primeira discussão sobre o tema.

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