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Avião ajuda no combate ao fogo na França
Avião híbrido Canadair joga água sobre incêndio florestal próximo à cidade de Gignac, na França, em 26 de julho de 2022.| Foto: EFE / EPA / Guillaume Horcajuelo

Atingida por uma das piores ondas de incêndios de sua memória, a França registrou emissões recordes de carbono dos gases emitidos pelos incêndios florestais, informou nesta sexta-feira o Serviço de Monitoração da Atmosfera do Copernicus (CAMS, na sigla em inglês) da União Europeia (UE).

O órgão, que também analisa os níveis de poluição de Portugal e Espanha através do satélite Copernicus, observa que os incêndios florestais na França provocaram um pico de emissões desde 2003, quando começaram as medições deste tipo.

Mark Parrington, cientista do CAMS, afirmou que as sucessivas ondas de calor têm promovido incêndios no sudoeste de França e na Península Ibérica e advertiu que estes incêndios “têm impacto na qualidade do ar na zona”.

A França, de fato, registrou cerca de 50 mil hectares consumidos neste verão, o triplo da média registrada na última década.

Esses dados, que correspondem aos meses de junho, julho e até agosto, são divulgados quando a França volta a combater vários incêndios, o mais importante no departamento de Gironde, no sudoeste da França.

Lá, pelo menos 7,5 mil hectares foram queimados nos últimos dias e 10 mil pessoas tiveram que ser evacuadas.

Embora as chamas não tenham avançado significativamente nas últimas horas, as autoridades francesas, que têm cerca de mil soldados no terreno, já começaram a receber reforços humanos e materiais de vários países da UE, incluindo Romênia, Polônia, Áustria e Alemanha.

Com dois cada, Grécia e Itália doaram quatro de seus aviões anfíbios Canadair, que se juntarão às dezenas de aeronaves que já estão lançando água em Gironda.

Além desse incêndio, outro preocupa as autoridades, na floresta de Broceliande — local de peregrinação para os amantes da mitologia —, na Bretanha francesa, onde já foram destruídos cerca de 230 hectares.

Para fortalecer ainda mais o combate às chamas, o governo francês apelou às empresas públicas e privadas para que concedam folgas aos funcionários que são bombeiros voluntários para que possam ser mais facilmente mobilizados.

Embora ainda esteja de férias no forte de Bregançon, o presidente francês, Emmanuel Macron, continua monitorando a situação e saudou em mensagem nas redes a chegada de bombeiros da Polinésia Francesa, localizada nas Antípodas, para combater os incêndios em Gironda.

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