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Soldados dos Exércitos da França e do Mali combatem nesta sexta-feira (22) um grupo de radicais islâmicos que estão cercados no prédio da prefeitura de Gao, no norte do país. A região voltou a passar por confrontos violentos duas semanas após ter sido controlada por tropas da França.

O prédio da administração local foi ocupado por rebeldes do Movimento pela Unidade e a Guerra Santa (Jihad) na África Ocidental, vinculado à rede terrorista Al Qaeda. Desde a tarde de quinta-fe9ra (21), militares e extremistas travam combates intensos no prédio e em ruas próximas. O Exército da França informou que 16 radicais islâmicos foram mortos na ação, enquanto seis soldados -dois franceses e quatro malineses- ficaram feridos. Com os rebeldes, foram encontradas granadas e cintos de explosivos, além de minas que seriam instaladas na região.

Nesta sexta os confrontos continuam. Segundo as agências de notícias, militares malineses dispararam contra o prédio para forçar a saída dos insurgentes restantes, que responderam, disparando com armas e lançando granadas.

Em outro ponto da cidade, os radicais islâmicos atacaram alguns destacamentos militares com dois foguetes, enquanto passavam por uma estrada com um comboio de sete carros.

Na Província de Kidal, três pessoas morreram e dezenas ficaram feridas na explosão de um carro-bomba na cidade de Tessalit, em sua maioria civis e rebeldes tuaregues, que também combatem a presença dos radicais islâmicos na região. A ação acontece um dia após outro atentado na região, a 800 metros de uma base militar francesa, que foi reivindicado pelo Movimento pela Unidade e a Guerra Santa na África Ocidental, o mesmo que faz os combates em Gao.

Instabilidade

Em meio ao aumento dos confrontos no norte do Mali, a ONU (Organização das Nações Unidas) e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha disseram hoje que a situação no país africano ainda é de instabilidade. Segundo as entidades, há registro de violações de direitos humanos, recrutamento de crianças e aumento da violência sexual contra as mulheres com a chegada das tropas do Exército do Mali e do Chade. As duas organizações estimam que 1,2 milhão de pessoas precisam de ajuda humanitária.

O Alto Comissariado da ONU para Refugiados informou que mais de 16 mil pessoas buscaram refúgio em áreas mais tranquilas do país na última semana. Desde março de 2012, quando começou a instabilidade no norte do Mali, mais de 420 mil pessoas saíram do país, sendo que 170 mil se refugiaram em países vizinhos.

Mais cedo, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou o envio de mais 40 militares para ajudar no treinamento dos soldados africanos, elevando para cem o número de americanos na região. Além dos americanos, as forças de treinamento ainda contam com cerca de 500 soldados europeus.

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