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Nairóbi, Quênia – A irmã Leonella, uma freira que dedicou sua vida a ajudar os doentes na África, costumava brincar que havia uma bala com seu nome gravado na Somália. Quando essa bala a atingiu, no domingo, em um hospital de Mogadiscio, capital do país, ela aproveitou os últimos suspiros para perdoar seus assassinos. "Eu perdôo, eu perdôo", teria dito a freira em italiano pouco antes de morrer, contou o reverendo Maloba Wesonga em Nairóbi, capital do Quênia, onde ontem foi realizada uma missa em homenagem à religiosa.

Ontem, duas explosões atingiram o povoado de Baidoa, na Somália, causando a morte de onze pessoas, entre elas o irmão do presidente do país. Os ataques seriam uma tentativa de assassinato contra o presidente Abdullahi Yusuf, que saiu ileso dos atentados.

O assassinato da irmã Leonella e as explosões de ontem alimentam temores de que outros estrangeiros assassinados recentemente na Somália sejam vítimas do aumento do radicalismo islâmico no país.

A morte da freira não é vista como um episódio aleatório. Especula-se que o crime poderia ter sido insuflado por recentes declarações do Papa Bento XVI sobre o Islã que enfureceram os muçulmanos ao redor do mundo;

De acordo com seus familiares, irmã Leonella, cujo nome de batismo era Rosa Sgorbati, viveu e trabalhou no Quênia e na Somália durante 38 anos.

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