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O ex-presidente peruano Alberto Fujimori deve ser derrotado na sua tentativa de conquistar uma cadeira no Parlamento do Japão, de acordo com relatos da imprensa japonesa nesta segunda-feira (horário local). Ele concorre do Chile ao posto parlamentar japonês.

Fujimori, que tem cidadania tanto do Japão quanto do Peru, está em prisão domiciliar no Chile. Aos 69 anos, ele concorre nas eleições japonesas por um pequeno partido de oposição.

Ativistas japoneses dos direitos humanos afirmam que a candidatura do ex-presidente peruano é uma tática para evitar o julgamento no Peru.

O Peru luta para trazer de volta o ex-presidente e julgá-lo pelas acusações de abusos contra os direitos humanos e corrupção.

Na campanha japonesa, Fujimori prometeu usar a experiência conquistada durante dez anos como presidente peruano, para ajudar o Japão a resolver os seus problemas.

"O Japão enfrenta um monte de problemas no momento", diz ele em um vídeo de campanha gravado no Chile. "Coréia do Norte, diplomacia asiática, o fosso entre ricos e pobres. Como um especialista em terrorismo e ex-presidente peruano, vou fazer bom uso da minha experiência e resolver esses problemas, sem falhas."

Relatos da imprensa afirmam que o partido de Fujimori, composto na sua maioria por dissidentes da situação, deve levar dois assentos, mas que o ex-presidente não será um dos eleitos.

No dia 11 de julho, um dia antes de Fujimori lançar a sua campanha, um juiz chileno decidiu que o ex-presidente não deveria ser extraditado para o Peru, porque os promotores peruanos não conseguiram demonstar que ele estava envolvido em abusos contra os direitos humanos, incluindo dois massacres durante os combates contra os rebeldes nos anos 1990.

O partido de Fujimori cobrou que o governo japonês interviesse junto ao Chile para que o ex-presidente participasse da campanha no Japão, mas o ministro do Exterior, Taro Aso, recusou o pedido.

Fujimori foi para o Japão em 2000 depois do colapso do seu governo devido a um grande escândalo de corrupção. Lá ele ficou por cinco anos, mas foi preso quando de forma inesperada viajou para o Chile.

Muitos japoneses o admiram pela forma como o ex-presidente terminou com o cerco rebelde à casa do embaixador japonês no Peru na década de 1990. Fujimori usou na campanha a imagem em que levanta as mãos em triunfo após o fim daquela ação.

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