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O ex-presidente peruano Alberto Fujimori é suspeito de planejar e dirigir o massacre seletivo de 20 presos processados por terrorismo durante um motim ocorrido em maio de 1992, publicou neste domingo (29) o jornal "La República".

Segundo um documento elaborado pela Direção de Investigação Criminal da Polícia Nacional do Peru (Dirincri), Fujimori se reuniu em 7 de maio de 1992 com a cúpula militar do país andino para concluir os preparativos do massacre ocorrido no presídio limenho Miguel Castro.

Os investigadores, que trabalharam dois anos no caso, também descobriram que o ex-presidente e ex-chefe supremo das Forças Armadas do Peru sobrevoou o centro de detenção no mesmo dia em que a intervenção armada sufocou o motim, em 9 de maio de 1992.

De acordo com o documento, Fujimori "manteve o tempo todo contato por rádio com os oficiais em terra, dando ordens e pressionando". Após a operação, Fujimori supostamente foi ao presídio constatar "in loco os danos" relativos "a vítimas e infra-estrutura" e não adotou "as medidas cabíveis para determinar se houve excesso durante a operação".

As 20 vítimas eram membros do comitê central do Sendero Luminoso, grupo que protagonizou um conflito interno no Peru (1980-2000) que causou a morte de 69.000 pessoas. Além disso, outros 22 detentos morreram na operação.

Em setembro, um tribunal de Lima ordenou a detenção de Fujimori, acusado de ser o autor intelectual da morte dos 42 presos da casa de detenções Miguel Castro.

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