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O Palácio de Luxemburgo, prédio do senado francês | Wikipedia
O Palácio de Luxemburgo, prédio do senado francês| Foto: Wikipedia

Um funcionário do Senado francês foi detido pelos serviços de Inteligência do país sob suspeita de ser um espião do regime da Coreia do Norte, informou a imprensa internacional nesta segunda-feira (26).

O nome do suspeito não foi divulgado oficialmente, mas jornais franceses o identificaram como  Benoit Quennedey, que trabalha no Departamento de Arquitetura, Patrimônio e Jardins do Senado – órgão encarregado da gestão administrativa e financeira da casa. 

Ele estudou na Escola Nacional de Administração, conhecida por formar a maior parte da elite política francesa, incluindo o atual presidente, Emmanuel Macron, e seu antecessor, François Hollande.

Quennedey também é desde 2005 o presidente da Associação de Amizade Franco-Coreana. No cargo, viajou diversas vezes a Pyongyang e até escreveu um livro sobre o país,  "La Corée du Nord, cette inconnue" (a Coreia do Norte, esta desconhecida).

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Ele é suspeito de ter reunido e repassado para a ditadura de Kim Jong-un informações que poderiam ameaçar os interesses franceses, disse uma fonte à agência Associated Press. 

De acordo com a agência de notícias AFP, ele foi detido na noite de domingo (25) e colocado sob prisão preventiva na sede da agência de inteligência da França, a DGSI, responsável pela investigação que começou em março a pedido da promotoria de Paris. 

Depois de ser detido, Quennedey foi interrogado pelos serviços de inteligência, que tentam confirmar se ele de fato repassou informações confidenciais a Pyongyang.  

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O presidente do Senado, Gerard Larcher, disse que não iria comentar o caso, mas confirmou que agentes de segurança foram ao escritório de Quennedey na segunda.

Os dois países não mantêm oficialmente relações diplomáticas, mas a França possui um escritório de cooperação na Coreia do Norte. Nenhum dos governos se pronunciou sobre o caso. 

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