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Caracas – Funcionários da RCTV, a emissora de maior audiência da Venezuela, cuja transmissão foi interrompida no último domingo devido à decisão do presidente, Hugo Chávez, em não renovar a concessão da rede, entregaram ontem à delegação da Organização de Estados Americanos (OEA) uma nota com um pedido de intervenção do órgão a favor da emissora.

Javier Vidal, um dos porta-vozes dos funcionários, afirmou que a nota foi recebida "de forma respeitosa" por Salvador Rodezno, representante da OEA. Ele afirmou que o grupo continuará a "lutar por seus objetivos" e negou que os atos sejam incitados pela oposição.

Reação

Os Estados Unidos e a Espanha exigiram ontem que Hugo Chávez autorize a reabertura da rede oposicionista RCTV e o acusaram de reprimir a liberdade de expressão. A RCTV, acusada por Chávez de ter apoiado uma tentativa de golpe contra ele em 2002, não teve sua concessão renovada e por isso saiu do ar no domingo. A decisão silenciou um veículo crítico às nacionalizações de Chávez e a seu crescente controle sobre os quartéis e tribunais.

A secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, afirmou que o fechamento da rede isolou a Venezuela em uma região onde a maioria dos países são livres e democráticos. "Nós convocamos o governo venezuelano a voltar atrás e reabrir a tevê independente, e a acabar com os ataques à imprensa livre", disse Rice em uma entrevista coletiva.

Rice deu a entrevista após se reunir com o ministro das Relações Exteriores da Espanha, Miguel Angel Moratinos. "O ministro Moratinos e eu concordamos que essa emissora precisa continuar aberta e que este foi um ato antidemocrático", afirmou a secretária de Estado.

Chávez nesta semana atacou outro canal de oposição, a Globovisión, que ele acusou de incitar à violência política.

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