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Barcos espalhados por uma marina na Ilha de Andros, Bahamas, 2 de setembro de 2019, durante passagem do furacão Dorian, 3 de setembro de 2019
Barcos espalhados por uma marina na Ilha de Andros, Bahamas, 2 de setembro de 2019, durante passagem do furacão Dorian, 3 de setembro de 2019| Foto: US Coast Guard / AFP

As equipes de emergência realizaram operações de busca e salvamento na ilha de Grande Bahama, mas os esforços em larga escala foram dificultados nesta terça-feira (3), quando o furacão Dorian, praticamente estacionado na mesma região, continuou a atingir o norte das Bahamas pelo terceiro dia.

O primeiro-ministro Hubert Minnis, o diretor da Associação Nacional de Gerenciamento de Emergências e outros altos funcionários fizeram seu primeiro voo sobre as ilhas Ábacos, no norte das Bahamas, para avaliar os danos. As autoridades disseram na terça-feira que há crianças entre os mortos.

"Infelizmente, pelas informações que recebemos, alguns deles eram crianças", disse o ministro da Segurança Nacional Marvin Dames. "Estamos no começo das avaliações, essa é uma ocorrência muito infeliz para nós como país".

O vice-primeiro-ministro Peter Turnquest disse que cerca de 70% das casas em Grande Bahama estavam debaixo d'água. "Tivemos danos catastróficos para a infraestrutura pública e privada que custarão centenas de milhões, se não bilhões [de dólares], para financiar a recuperação e a reconstrução", disse ele ao Washington Post. "Com aproximadamente 70% das casas embaixo d'água, prevemos imensas deslocações sociais e econômicas e interrupções de serviços no curto prazo.

"A saúde mental daqueles que enfrentam essa tempestade monstruosa é uma preocupação prioritária do governo".

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  • Barcos espalhados por uma marina em Ilha de Andros, Bahamas, 2 de setembro de 2019, durante passagem do furacão Dorian, 3 de setembro de 2019
  • Equipe de helicóptero oferece apoio para buscar e ajuda humanitária em Ilha Andros, Bahamas, 2 de setembro de 2019
  • Equipe de helicóptero oferece apoio para buscar e ajuda humanitária em Ilha Andros, Bahamas, 2 de setembro de 2019
  • Equipe de helicóptero oferece apoio para buscar e ajuda humanitária em Ilha Andros, Bahamas, 2 de setembro de 2019
  • Enchente cobre carros em rua em Freeport, Grand Bahamas, durante passagem do furacão Dorian, 3 de setembro de 2019
  • Rua inundada em Freeport, Grand Bahamas, durante passagem do furacão Dorian em 3 de setembro de 2019
  • Galhos de árvores caídos durante a aproximação do furacão Dorian em Nassau, Bahamas, 1 de setembro de 2019
  • Barcos ancorados em preparação à chegada do furacão Dorian em Nassau, Bahamas, 1 de setembro de 2019
  • Visitantes brincam na água durante maré alta causada pelo furacão Dorian em Indialantic, Flórida, 3 de setembro de 2019
  • Nadador explora as grandes ondas durante maré alta causada pelo furacão Dorian em Indialantic, Flórida, 3 de setembro de 2019
  • Pessoas organizam doações para os afetados pelo furacão Dorian em igreja em Miami, Flórida, em 3 de setembro de 2019
  • Pessoas organizam doações para os afetados pelo furacão Dorian em igreja em Miami, Flórida, em 3 de setembro de 2019
  • Surfistas conversam sob o Deerfield Pier em Deerfield Beach, Flórida, 3 de setembro de 2019
  • Especialistas em árvores abastecem enquanto aguardam serem enviados em For Pierce, Flórida, 3 de setembro de 2019
  • Visitantes se reúnem na praia durante maré alta enquanto o furacão Dorian agita a costa, em Indialantic, Flórida, 3 de setembro de 2019
  • Mulher fotografa a praia durante maré alta enquanto o furacão Dorian agita a costa em 3 de setembro de 2019, em Indialantic, Flórida
  • Amigos tiram fotos fingindo que estão sendo levados pelos ventos em Marina Square, em Fort Pierce, Flórida, 2 de setembro de 2019
  • Pessoas observam o mar em Marina Square, em Fort Pierce, Flórida, em 2 de setembro de 2019
  • Pessoas observam o mar enquanto o furacão Dorian se aproxima em Jensen Beach, Flórida, 2 de setembro de 2019
  • As vitrines das lojas são protegidas com placas de madeira antes da aproximação do furacão Dorian, em Deerfield Beach, Flórida, 2 de setembro de 2019
  • Mulher entra em um supermercado durante ventania causada pela passagem do furacão Dorian, em Fort Lauderdale, Flórida, 2 de setembro de 2019
  • Pessoas compram suprimentos em um supermercado em Fort Lauderdale, Flórida, 2 de setembro de 2019

A tempestade mais poderosa

Dorian, a tempestade mais poderosa que já atingiu esta nação de 400 mil habitantes em mais de 700 ilhas, perdeu força na terça-feira e se tornou uma tempestade de categoria 2. Mas seus ventos fortes, chuvas e tempestades de maré ainda estavam tornando pior a catástrofe nacional.

O olho da tempestade estava a 72 quilômetros ao norte de Freeport, a segunda maior cidade do país, com ventos máximos de 185 quilômetros por hora. A tempestade estava avançando a cerca de 1,6 quilômetro por hora.

Minnis disse na terça-feira que as equipes de assistência e avaliação estavam prontas para serem enviadas para Ábaco e Grande Bahama o mais rápido possível.

Durante a noite cresceu o temor de que o número inicial de cinco mortos confirmados e 21 feridos anunciados por Minnis na segunda-feira pudesse crescer substancialmente. "Eu aviso aos bahamenses em todos os lugares que as chances de encontrarmos mais pessoas mortas são reais", disse Dames na terça-feira. "Não vejo como escapar disso."

Na segunda-feira, helicópteros da Guarda Costeira dos EUA evacuaram os feridos da clínica de Marsh Harbour em Grande Ábaco, que foi devastada, para Nassau, para atendimento urgente. A Marinha Real Britânica enviou um navio auxiliar, o RFA Mounts Bay.

A Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID) disse na terça-feira que enviou uma equipe para trabalhar com autoridades locais, organizações humanitárias, a Guarda Costeira dos EUA e a Embaixada dos EUA para avaliar danos, identificar necessidades e prestar assistência. A USAID disse que começou a mobilizar coberturas plásticas, kits de higiene, baldes de água e motosserras.

Na segunda-feira, oficiais do governo alertaram que os esforços de resgate estavam sendo amplamente suspensos até que as condições melhorassem. Operações de socorro em larga escala estavam sendo preparadas para depois da passagem da tempestade.

Mas as equipes estavam realizando resgates direcionados. Na página do Facebook do gabinete do primeiro-ministro, o governo pediu às pessoas ilhadas em Grande Bahama que enviassem suas localizações GPS via WhatsApp.

Um dia e meio de tornado e enchentes

O olho do furacão Dorian, a parte mais poderosa da tempestade, passou 38 horas seguidas em Grande Bahama, de domingo à noite até a terça-feira de manhã, de acordo com imagens de radar. Isso equivale a um forte tornado e uma inundação repentina ao mesmo tempo, durando mais de um dia e meio.

O ministro da Saúde Duane Sands disse que os feridos são "crianças, adultos, homens e mulheres". "Alguns com ferimentos muito, muito graves", disse ele. "Alguns requerem neurocirurgia de emergência. Temos pessoas com lacerações, amputações parciais. Pessoas com vários ossos quebrados".

O furacão Dorian atingiu as Bahamas no domingo como um furacão de categoria 5. Ele arrancou telhados e quebrou árvores nas ilhas Ábacos, inundou cidades e arrancou linhas de energia. O aeroporto de Freeport foi inundado e se tornou praticamente um rio.

Calcula-se que as ondas tenham atingido até 7 metros acima do normal, causando destruição em ilhas baixas. Graves inundações e interrupções de serviços de energia e telefonia se estenderam além da zona mais atingida até o sul de Nassau, a capital.

A rainha Elizabeth, chefe de estado das Bahamas, disse terça-feira que ficou "chocada e triste ao saber da devastação" causada pela tempestade. "Enviamos nossas sinceras condolências às famílias e amigos daqueles que perderam a vida", disse ela em comunicado. Ela expressou gratidão pelos serviços de emergência e voluntários que apoiam o resgate e a recuperação.

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