• Carregando...
Ventos fortes atingiram cidades da Carolina do Norte, onde 26 mil pessoas ficaram sem energia. Tempestade segue rumo ao nordeste dos EUA | Randall Hill/Reuters
Ventos fortes atingiram cidades da Carolina do Norte, onde 26 mil pessoas ficaram sem energia. Tempestade segue rumo ao nordeste dos EUA| Foto: Randall Hill/Reuters

Aviação

No Brasil, companhias aéreas cancelam voos

Todas as companhias aéreas que operam voos do Brasil para Nova York cancelaram as partidas que estavam previstas para este sábado e domingo por causa do furacão Irene. Oito voos da TAM que fariam o trajeto de São Paulo e Rio de Janeiro a Nova York foram suspensos. Apenas um voo foi mantido, mas teve seu horário alterado. Previsto para sair do Rio de Janeiro no sábado, 27, às 18h15, o voo foi adiantado para as 12h.

A American Airlines cancelou todos os voos do fim de semana que partiriam de São Paulo e do Rio de Janeiro com destino a Nova York. A empresa, no entanto, mantém seus voos previstos para Miami e Dallas.

As demais companhias que têm voos diretos do Brasil para o Nova York – Continental Airlines, United Airlines e Delta Air Lines – também cancelaram voos. A Delta manteve os trajetos previstos para Detroit e Atlanta, que partem do Rio e de São Paulo.

Recomendações

A Infraero (estatal que administra os aeroportos brasileiros) recomenda aos passageiros que têm passagem marcada para os EUA nos próximos dias que entrem em contato com a companhia aérea com antecedência para verificar se o voo está confirmado.

Mais informações sobre os voos da TAM podem ser obtidas pelos telefones 4002-5700 (capitais) e 0800-570-5700 (demais localidades) no Brasil. Já para os voos da American Airlines, o contato é pelos números (11) 4502-4000, (11) 4502-4000 (São Paulo); (21) 4502-5005, (21) 4502-5005 (Rio de Janeiro) e 0300-7897778 (demais localidades).

Nova York - O furacão Irene, que deve atingir a cidade de Nova York a partir deste domingo, perdeu força, mas causou pelo menos três mortes e deixou cerca de 227 mil pessoas sem energia elétrica no estado da Caro­­­­lina do Norte, onde chegou no sá­­­­ba­­­­­do pela manhã com ventos de 140 km/h. Uma das vítimas é um homem do condado de Nash, que morreu após ser atingido por um ga­­­­­­lho de árvore quando caminhava ao redor de sua casa. Um idoso morreu de infarto, no condado de Onslow, quando pregava proteções de madeira nas janelas de sua casa. Um acidente de trânsito cau­­­sa­­do pela tempestade fez a terceira vítima.A tempestade continua mo­­vendo-se para a região nordeste dos EUA, informou o Centro Na­­cional de Furacões americano (NHC, na sigla em inglês). Ainda na madrugada de sábado, o Irene foi rebaixado para a categoria um – a menos intensa – da escala Saffir-Simpsons, que vai de até cinco. Nessa categoria, os ventos ficam entre 119 km/h e 153 km/h.

Em Nova York, o número de moradores retirados de suas casas chega a 370 mil. Cerca de 2,3 mi­­lhões de pessoas foram orientadas a sair de casa, entre elas, o presidente norte-americano, Barack Obama, que interrompeu as fé­­rias na região. Ao todo, sete estados no país estão em emergência.

A medida autoriza as agências federais a coordenar as ações para minimizar o impacto do Irene e também as medidas de ajuda.

Na cidade de Nova York, os abri­­gos estão preparados para receber 70 mil pessoas. "Ficar é perigoso, ficar é bobagem, e é contra a lei", disse o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, em entrevista realizada em Coney Island. "A hora de sair é agora", acrescentou.

Até por volta das 11h (12h no horário de Brasília) do sábado, havia ainda muitas pessoas nas ruas de Nova York, as filas nos mercados eram intensas e parte do comércio não abriu suas portas. A prefeitura decidiu paralizar também o transporte público da metrópole no domingo.

Previsão

A expectativa era de que o Irene chegasse a Nova York entre a noite de sábado e a manhã deste do­­mingo. Trata-se do primeiro fu­­racão a atingir a cidade desde 1985. "Não acho que vá ser assim tão ruim. Amanhã não vou sair de casa, mas hoje parece que vai ficar tudo bem", afirmou Cecilia Clear­­water, 36, que caminhava pelas ruas de Manhattan com seu bebê. Já o alfaiate Reza Nasser, 65, disse que iria para ca­­sa pela manhã de sábado e não sairia mais. "Nin­­­­guém sabe o que vai acontecer, es­­tá todo mun­­do com medo."

Em Washington, o governo local declarou emergência e ordenou à população que preparasse kits de fuga e se protegesse, embora a cidade não esteja na rota inicial do furacão.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]