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Centenas de milhares de moradores de Nova Orleans fugiram neste domingo do furacão Katrina, que atingiu um dos mais fortes níveis já vistos na escala de tempestades e se aproxima da cidade, na costa do Golfo.

Com a previsão de que o Katrina atinja a cidade no amanhecer de segunda-feira, havia congestionamento nas estradas que saem de Nova Orleans, muitas delas abaixo do nível do mar. Os postos de gasolina e lojas de conveniência tinham longas filas de pessoas em busca de água e outros mantimentos. As autoridades ordenaram que a população de 485 mil pessoas deixasse imediatamente.

O prefeito Ray Nagin alertou que o furacão pode romper os diques e inundar o histórico bairro francês em sua segunda e mais poderosa visita à costa americana, após ter matado sete pessoas na Flórida na quinta-feira.

- Senhoras e senhores, eu gostaria de ter notícias melhores para vocês mas nós estamos enfrentando a tempestade que muitos de nós temíamos - disse Nagin durante entrevista coletiva, após ler uma ordem de evacuação obrigatória. - Esta é uma ameaça que nós nunca enfrentamos antes.

No bairro francês, lojistas colocaram sacos de areia na frente de galerias e lojas, preparando-se para a tempestade.

Os que não puderam se juntar ao êxodo foram orientados a procurar as dezenas de abrigos da cidade, entre os quais o estúdio Louisiana Superdome.

Max Mayfield, diretor do centro nacional de furacões dos Estados Unidos, descreveu o Katrina como um furacão "perfeito". Ele se transformou em uma tempestade de categoria cinco, a máxima da escala Saffir-Simpson, com ventos de 260 quilômetros por hora capazes de causar danos catastróficos.

O presidente George W. Bush declarou emergência em Louisiana, o que permite o envio de ajuda federal.

As perdas na primeira passagem do Katrina, na quinta-feira, foram estimadas entre US$ 600 milhoes e US$ 2 bilhões por empresas independentes.

A produção de petróleo no Golfo do México foi interrompida em mais de um terço com a passagem do Katrina, o que fez com que o barril do petróleo cru disparasse para mais de US$ 70 na abertura dos negócios de segunda-feira na Ásia.

O Golfo do México representa quase um quarto da produção interna de petróleo dos Estados Unidos e o impacto da tempestade poderá ser sentido nos postos de gasolina, que já registram aumento de preços nos últimos meses.

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