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Porto Príncipe, capital do Haiti, foi um dos locais mais afetados pelo furacão Matthew | Hector Retamal/AFP
Porto Príncipe, capital do Haiti, foi um dos locais mais afetados pelo furacão Matthew| Foto: Hector Retamal/AFP

Os Estados Unidos se preparam para a chegada do furacão Matthew, que atingiu nesta quinta-feira (5) o arquipélago das Bahamas, depois de deixar 23 mortos no Haiti e quatro na República Dominicana, além de ter provocado grandes danos em Cuba.

O furacão de categoria 3 na escala Saffir-Simpson (até 5) se deslocava no sentido noroeste do Caribe com ventos de 185 km/h e pode subir para a categoria 4 à medida que se aproximar, nas próximas horas, da costa atlântica da Flórida, informou o Centro Nacional de Furacões (NHC) dos Estados Unidos.

Por causa disso, autoridades norte-americanas aconselharam cerca de duas milhões de pessoas a deixarem suas casas na Flórida e procurarem abrigo mais seguro no interior do estado. O fenômeno - o mais forte em 10 anos a atingir a região - deve chegar na madrugada de sexta-feira, de acordo com o NHC.

Às 6h GMT (3h de Brasília) de quinta-feira o furacão estava 160 km ao sudeste da capital das Bahamas, Nassau, cujo aeroporto foi fechado, assim como outros terminais.

O primeiro-ministro das Bahamas, Perry Christie, pediu aos moradores das costas meridionais que se afastem da região.

“Considerem seriamente um deslocamento para áreas mais elevadas. Os fenômenos naturais podem ser violentamente imprevisíveis”, advertiu.

Nos EUA, além da Flórida , o estado de Carolina do Norte também decretou estado de emergência diante da chegada do furacão, enquanto a Carolina do Sul ordenou a evacuação da costa a partir de quarta-feira.

O presidente Barack Obama, que adiou um evento previsto para quarta-feira em Miami com a candidata democrata à Casa Branca, Hillary Clinton, solicitou aos habitantes do sudeste do país que se preparem para a iminente chegada do furacão Matthew.

Rastro de destruição

Estados deixados por Matthew na província de Guantánamo, em CubaYamil Lage/AFP

Antes, o furacão Matthew atingiu com toda sua fúria o extremo leste de Cuba, onde os municípios Baracoa, Imías, Maisí e San Antonio del Sur da província de Guantánamo estavam isolados e bastante destruídos. Ainda não há informações sobre vítimas.

“Foi assustador. Não sobrou nada de Baracoa, apenas escombros e restos. Os casarões coloniais no centro da cidade, que eram lindos, estão destruídos”, contou a dona de casa Quirenia Pérez, de 35 anos, que falou por celular com a AFP.

Com quase 82 mil habitantes, Baracoa é a cidade mais antiga de Cuba, com 505 anos, e polo turístico de Guantánamo, onde existe uma base americana que foi parcialmente evacuada antes da chegada do furacão.

O furacão deixou ao menos 23 mortos e três desaparecidos no Haiti, assim como quatro mortos na República Dominicana, países que dividem a Ilha Espanhola, o que levou as autoridades haitianas a adiar as eleições presidenciais e legislativas convocadas para o próximo domingo.

Na quarta-feira, o presidente interino do Haiti, Jocelerme Privert, sobrevoou o sul do Haiti para avaliar os danos provocados pelo Matthew. Ele estava acompanhado pelo embaixador dos Estados Unidos, Peter Mulrean, e a diretora do Serviço de Proteção Civil, Alta Jean-Baptiste.

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