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Sandy se enfraqueceu e passou de furacão a tempestade tropical neste sábado (27) enquanto se dirigia à costa leste dos Estados Unidos, com ventos de 110 km/h, depois de deixar 44 mortos em Cuba, Haiti, República Dominicana, Jamaica e Bahamas, informaram as autoridades meteorológicas.

"Sandy se enfraqueceu, mas espera-se que continue como uma grande tempestade com amplo impacto no início da próxima semana", indicou o Centro Nacional de Furacões, com sede na Flórida (sudeste).

Sandy deixou 29 mortos no Haiti, 11 em Cuba, dois na República Dominicana, um nas Bahamas e um na Jamaica, além de danificar milhares de casas, inundar plantações e derrubar árvores devido as suas fortes chuvas e ventos máximos de 165 km/h quando passou por estas ilhas do Caribe como um ciclone de categoria dois.

Além disso, 26.000 pessoas foram evacuadas na República Dominicana e as autoridades cubanas anunciaram na noite de sexta-feira a suspensão do segundo turno das eleições municipais, previsto para o domingo, dia 28, pelos danos causados pelo furacão.

Nos Estados Unidos, o fenômeno será sentido na última semana de campanha eleitoral, e as autoridades temem que ocorram danos que tenham impacto no desenvolvimento da eleição, tanto nos eleitores em um país onde o voto não é obrigatório quanto na disponibilidade das urnas de votação, assim como na campanha do presidente Barack Obama e de seu rival republicano, Mitt Romney.

O temor sobre este fenômeno é alto toda vez que é comparado com o Irene, que atingiu a região em 2011. Inclusive foi batizado de "Frankenstorm" pela proximidade do ciclone com a celebração do Halloween, na próxima quarta-feira nos Estados Unidos.

O furacão Irene deixou no ano passado 47 mortos e perdas de 10 bilhões de dólares no leste dos Estados Unidos.

O Sandy se desloca desde quinta-feira pelas Bahamas paralelamente à costa leste dos Estados Unidos, mas as previsões dos especialistas indicam que na terça-feira se chocará com uma frente fria do norte, o que pode causar um fenômeno muito violento que seria sentido em Richmond (Virgínia), Washington DC e Nova York, entre outras grandes cidades.

"Em comparação com o Irene, esperamos um impacto muito mais amplo. O mesmo com o vento", disse James Franklin, chefe do CNH, durante uma coletiva de imprensa por telefone na sexta-feira.

"Sabemos que alguém será atingido. Só que não podemos dizer quem será este alguém", indicou Franklin.

Em agosto de 2011, o Irene atingiu regiões da Carolina do Norte, Virgínia, Nova Jersey e Vermont.

Para Craig Fugate, diretor do gabinete de emergência federal FEMA, trata-se de "uma grande tempestade e seu impacto será sentido muito além de seu centro", afirmou em um comunicado, no qual convocou a população da Flórida a permanecer em alerta.

Apesar do enfraquecimento do furacão, o CNH emitiu advertências de tempestade tropical para o norte da costa leste da Flórida até as zonas costeiras da Carolina do Norte, onde teme-se que o ciclone chegue na segunda-feira à noite ou na terça-feira de manhã convertido em um poderoso fenômeno carregado de chuvas intensas e fortes ventos que seriam sentidos em vários estados do leste e norte do país.

O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, anunciou que a cidade começou a se preparar para a possível chegada do Sandy, assim como fez com o Irene em agosto de 2011, quando 370 mil pessoas abandonaram seus lares de forma preventiva no sul de Manhattan.

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