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G20
Predidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e premiê indiano, Narendra Mori, durante reunião de cúpula do G20| Foto: EFE/EPA/INDIAN PRESS INFORMATION BUREAU

Os países do G20, que se reúnem até domingo em Nova Déli, na Índia chegaram a um consenso sobre a declaração final do encontro. O grupo condenou a guerra na Ucrânia e afirmou que o uso ou a ameaça de uso de armas nucleares é inadmissível. A Rússia, responsável pela invasão, entretanto não foi condenada. O texto final critica o “uso de força contra a integridade territorial, a soberania e a integridade de qualquer estado”.

A condenação da invasão da Ucrânia foi a questão que mais ameaçou o acordo conjunto e, embora a Índia tenha apresentado um projeto de texto, a maioria dos países, especialmente o G7, considerou insuficientes a proposta e os termos nos quais a guerra é tratada, disse um funcionário da União Europeia (UE) à EFE. O “The New York Times” aponta que havia dúvidas que os líderes mundiais pudessem chegar a um acordo.

Segundo a CNN, a declaração final representou um golpe para o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, mas reflete uma posição mais amena do que os Estados Unidos e seus aliados ocidentais tem adotado individualmente em relação ao conflito na Europa Oriental.

Os líderes das maiores economias mundiais também prometeram uma ampla agenda para enfrentar os encargos da inflação mundial e das mudanças climáticas sobre as nações mais pobres.

A Declaração de Nova Déli é composta por mais de 100 pontos e foi elaborada graças aos "sacrifícios" que os negociadores do G20 tiveram de fazer para avançar em determinados aspectos, garantiram anteriormente à Agência EFE fontes ligadas às negociações.

Tensões marcaram presidência indiana no G20

As tensões entre os países ocidentais, Rússia e China marcaram a presidência indiana do G20, especialmente por divergências sobre a guerra na Ucrânia e a reestruturação da dívida das economias emergentes.

A ausência dos presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da China, Xi Jinping, na cúpula apenas serviu para evidenciar o distanciamento com os demais países, o que dificultou a obtenção de um consenso entre todos os membros do grupo.

Se não se tivesse chegado a um acordo conjunto, esta teria sido a primeira cúpula de líderes do G20 sem uma declaração consensual, em um momento em que outros grupos e fóruns multilaterais demonstraram incapacidade de fazer progressos na abordagem da crise.

*Com Agência EFE

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