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Lula com o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, em Washington: consenso sobre redução das taxas de juros | Mike Theiler/Reuters
Lula com o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, em Washington: consenso sobre redução das taxas de juros| Foto: Mike Theiler/Reuters

Brasileiros não estarão com equipe de Obama

Os enviados por Barack Obama para falar com os líderes presentes em Washington para a reunião do G20 se encontraram ou se encontrarão com representantes de 14 dos 18 países que participam do encontro, mais a União Européia e a ONU. O Brasil não está na lista, por decisão do governo.

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Brasil defende ação fiscal e monetária "encorajadoras"

A necessidade de sintonia internacional no estabelecimento de políticas fiscais e monetárias "encorajadoras" – com aumento do gasto público e redução de taxas de juros – foi um dos principais consensos das discussões que o governo brasileiro manteve ontem na cúpula do G20, em Washington, disseram autoridades brasileiras.

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Washington - O governo dos Estados Unidos vai apoiar, na cúpula do G20, a criação de um grupo para supervisionar as atividades das maiores instituições financeiras do mundo e para eventualmente rediscutir e ampliar seus níveis de regulamentação.

Ao lado da promessa conjunta dos países-membros, de reforçar medidas de estímulo fiscal em cada economia individualmente, esse deve ser o principal ponto acordado pelos chefes de Estado na reunião do G20, em Washington.

Comunicado a ser emitido na tarde de hoje não trará nada bombástico ou definitivo. Deve apresentar apenas as concordâncias gerais. Os detalhes do que for acertado devem ser discutidos depois, por ao menos cinco diferentes grupos de trabalho a serem criados.

Os grupos devem discutir assuntos como uma possível nova regulamentação para o mercado financeiro internacional; a coordenação de medidas fiscais conjuntas; mecanismos para garantir linhas de crédito para o comércio exterior dos países em desenvolvimento; e a institucionalização de reuniões periódicas do G20 para monitorar a crise.

Preparação

Ontem à noite, o presidente dos EUA, George W. Bush, recebeu em "jantar de trabalho" na Casa Branca os líderes do G20, além dos chefes de instituições multilaterais como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial.

O jantar, que parou o centro de Washington e levou mais de 300 limusines para a região da Casa Branca, foi o pontapé inicial do encontro do G20, que deve acabar por volta das 15h30 de hoje (18h30 em Brasília).

Uma das idéias é que os grupos de trabalho já apresentem propostas mais fechadas em cada área logo no início de 2009. É possível que os líderes concordem hoje em realizar um novo encontro para discutir essas recomendações no Reino Unido, que assumirá a presidência rotativa do G20.

Em entrevista ontem, o ministro Guido Mantega (Fazenda) afirmou que medidas como as perseguidas pelo G20 não são tomadas "da noite para o dia". "Mas também não podemos sair daqui com as mãos abanando, pois há uma grande expectativa de que haja decisões. Se não tomarmos medidas rápidas, o risco não é de recessão, mas de depressão."

O ponto mais espinhoso entre as discussões deve ser o da nova regulamentação para o setor financeiro internacional, e qual a posição dos EUA em relação ao assunto.

Nesse sentido, a Casa Branca fez questão ontem de antecipar para a imprensa o teor do discurso (semanal) que Bush fará hoje pela manhã no rádio.

"Ao discutirmos a atual crise, precisamos fazer reformas abrangentes para adaptar nosso sistema financeiro ao século 21. Durante a cúpula, trabalharei com outros líderes para estabelecer os princípios dessas reformas. Elas devem tornar os mercados mais transparentes e regular mais efetivamente seus produtos financeiros", diria Bush no pronunciamento.

Em entrevista ontem, a porta-voz da Casa Branca, Dana Perino, também adiantou que os EUA "apóiam a idéia" da criação de um "colegiado de supervisores" para rediscutir e eventualmente averiguar a aplicação de uma nova regulamentação dos mercados em níveis mais amplos.

Em comunicado, o FMI e o Fórum para a Estabilidade Financeira ressaltaram que os dois organismos devem "participar ativamente" na criação de uma eventual nova regulação.

Os EUA também vêm se mostrando muito propensos a criar um sistema de "câmara de compensação", como já existe em outros países (no Brasil, caso da BM&F), para limitar os riscos e padronizar operações em mercados de derivativos e outras operações consideradas hoje como "exóticas". A falta de controle desses mercados está na raiz da atual crise financeira.

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