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A crescente dívida europeia tornou-se na sexta-feira (5) o ponto principal da agenda de um encontro de líderes financeiros do G7 no Canadá, em meio a temores de que os problemas fiscais da Grécia estejam se espalhando.

O ministro das Finanças do Canadá, Jim Flaherty, anfitrião do encontro, afirmou que ele e seus colegas estavam conversando sobre os problemas da Europa antes mesmo de o encontro começar, com particular preocupação sobre a situação da Grécia.

As bolsas mundiais caíram ao nível mais baixo em três meses na sexta-feira com a intensificação das preocupações sobre uma potencial ajuda e uma desestabilização da zona do euro. A moeda europeia caiu ao seu menor valor desde maio, em relação ao dólar.

"Eu acho que temos de ser muito cuidadosos sobre o potencial colapso das economias domésticas e da persistência de alguns ativos tóxicos em alguns bancos", disse Flaherty a repórteres.

Países da zona do euro, como Grécia, Espanha e Portugal, estão sob crescente pressão para provar que deixarão as contas públicas sob controle em meio a temores dos mercados financeiros com a possibilidade de a situação de um país se espalhar para outros.

O presidente do Banco Central europeu, Jean-Claude Trichet, negou especulações nos mercados financeiros de que o BCE possa realizar reuniões de emergência neste fim de semana sobre a crise. O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble, disse que o euro permaneceria estável apesar dos problemas individuais das nações.

"Eu não acho que eles devem planejar uma ajuda, mas precisam mostrar que estão comprometidos em resolver esses assuntos", afirmou Kathleen Stephansen, diretora e economista chefe da Aladdin Capital Holdings LLC.

"Precisamos ver uma demonstração de unidade em apoiar as medidas tomadas pelos vários governos... Dizer nada sobre elas seria negativo."

Os organizadores do encontro disseram que não haverá comunicado emitido ao final das reuniões, em parte um reflexo da diminuída importância do G7. O grupo foi substituído como o principal fórum de discussão da economia pelo G20, que inclui China, Brasil e outros países em desenvolvimento.

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