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Balões com os rostos dos líderes do G7 ganham os céus de Garmisch-Partenkirchen, na Alemanha. | Wolfgang Rattay/Reuters
Balões com os rostos dos líderes do G7 ganham os céus de Garmisch-Partenkirchen, na Alemanha.| Foto: Wolfgang Rattay/Reuters

Os países europeus que integram o Grupo dos Sete (G7) reconheceram neste domingo (7) frente aos líderes dos Estados Unidos, Japão e Canadá que ainda não há solução para a crise econômica da Grécia, deixando evidente os desentendimentos entre o governo do primeiro-ministro Alexis Tsipras e os credores internacionais.

Na primeira jornada da cúpula, organizada no palácio de Elmau, a chanceler da Alemanha e anfitriã, Angela Merkel, e o presidente da França, François Hollande, expuseram opiniões sobre a situação grega após conversa no sábado com Tsipras.

“Não podemos dizer ainda que o problema está resolvido”, reconheceu Merkel, se comprometendo a continuar trabalhando para chegar a uma solução para crise.

Perguntada se deixaram claro para os líderes não europeus, como o presidente Barack Obama, que a Grécia não abandonará a zona do euro, a chanceler defendeu o princípio europeu de que a “solidariedade” deve ser correspondida com o “esforço próprio”.

Encontro

Merkel, Hollande e Tsipras devem se reunir em Bruxelas na próxima quarta-feira (10), aproveitando a cúpula da UE com a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos.

Os desentendimentos começaram a surgir antes mesmo do início da cúpula, quando o presidente da Comissão Europeia (CE), Jean-Claude Juncker, afirmou que ainda não tinha recebido proposta alternativa da Grécia após a apresentada pelos credores.

“Não tenho um problema pessoal com Alexis Tsipras, pelo contrário, ele é meu amigo, mas para a amizade ser mantida é preciso cumprir algumas regras mínimas”, afirmou Juncker.

Em Atenas, fontes do governo grego insistem que a proposta de acordo apresentada pelos credores “não pode ser aceita em sua totalidade” e defenderam seu plano de reformas, considerado como “realista e sustentável”.

O programa defendido pelo Banco Central Europeu (BCE), pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e pela CE contém medidas inaceitáveis na avaliação do governo grego, entre elas a redução das aposentadorias de pessoas de baixa renda.

O acordo é requisito indispensável para finalizar a quinta e última revisão do resgate ao país, liberando os US$ 7,2 bilhões pendentes do segundo programa financeiro, prolongado em fevereiro até o dia 30 de junho.

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