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O gabinete de Israel designou uma comissão para investigar a forma com que o governo e o exército lidaram com a guerra no Líbano, curvando-se aos pedidos por uma investigação, mas rejeitando as demandas dos veteranos por um inquérito independente.

O primeiro-ministro Ehud Olmert ficou sob a mira dos críticos que afirmam que a campanha no Líbano foi mal preparada porque não conseguiu acabar com o grupo guerrilheiro Hezbollah. Israel entrou em conflito com o Hezbollah em julho, após o sequestro de dois soldados israelenses em um ataque pela fronteira. O Hezbollah disparou quase 4 mil mísseis contra Israel durante o conflito de 34 dias e reservistas israelenses que lutaram no Líbano reclamaram do fraco planejamento e das táticas ruins.

Milhares de israelenses participaram dos protestos para pedir um inquérito independente sobre a guerra pela chamada comissão estatal, cujos membros se-riam apontados por um juiz da corte suprema. Olmert disse que tal investigação, que em guerras passadas entre árabes e israelenses chegou a garar demissões de alto escalão, consumiria muito tempo. Em vez disso, o gabinete aprovou por uma votação de 20 a 2, com uma abstenção, a nomeação de Olmert, do juiz apo-sentado Eliayhu Winograd, e quatro outros membros, para um painel que irá examinar como os líderes políticos e comandantes militares conduziram a guer-ra.

Fora do escritório do primeiro-ministro, dezenas de veteranos fizeram uma manifestação, segurando fai-xas pedindo a demissão de Olmert, do ministro da Defesa, Amir Peretz, e do chefe do Exército, tenente-general Dan Halutz. Os manifestantes levaram tam-bém um burro com um cartaz que dizia:

"Só um asno não vê que o Comitê Winograd é um encobrimento de falhas".

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