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Um comandante militar norte-americano disse na terça-feira que definir 2014 como prazo para o fim das operações de combate da Otan no Afeganistão é algo que enfraquece os argumentos do Taleban, mas que ele se sente "militarmente desconfortável" com esse cronograma.

A Otan decidiu em novembro, numa cúpula em Lisboa, que até o final de 2014 irá transferir o controle da segurança do Afeganistão às forças locais, e que o contingente estrangeiro poderá suspender suas operações de combate na mesma data se houver condições para tal.

O presidente dos EUA, Barack Obama, também diz almejar o fim das operações de combate das forças norte-americanas até o final de 2014.

Alguns críticos argumentam que marcar uma data para o fim das operações estimula o Taleban a esperar a saída das forças da Otan.

O general James Mattis, chefe do Comando Central dos EUA, que supervisiona a guerra no Afeganistão, disse não estar preocupado com a abordagem adotada por Washington, "desde que feita em comum acordo (...) com os aliados".

Falando num evento promovido pela entidade Policy Exchange, em Londres, o general disse que em curto prazo o cronograma pode estimular o Taliban "até certo ponto", mas que "ter uma retirada baseada em condições é também uma forma de refutar o argumento do inimigo de que de alguma forma estamos ocupando o país para sempre".

"Militarmente, estou desconfortável, como todos os militares estão, com a incerteza, a imprevisibilidade da guerra. Mas travamos guerras por uma razão política. Tomara que sim. Tomara que não estejamos lutando só pela diversão". disse Mattis, respondendo a perguntas após um dos seus primeiros pronunciamentos importantes desde que foi nomeado para o cargo, no ano passado.

Ele afirmou que o Taleban e a Al-Qaeda estão sob a maior pressão desde o início da guerra, em 2001, "e pretendemos continuar assim". "O progresso na segurança é inegável. Em áreas importantes do Afeganistão, o inimigo está desorientado e na defensiva."

Mas Mattis admitiu que ainda haverá confrontos duros. Alguns funcionários dos EUA e da Otan dizem que a atual onda de violência e problemas na estruturação das forças afegãs podem dificultar a meta de encerrar as operações até 2014.

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