• Carregando...

A Geórgia anunciou nesta quarta-feira a intenção de pedir ajuda ao Conselho de Segurança da ONU para o caso do míssil que caiu em seu território e que teria sido lançado pela Rússia, fato que Moscou nega.

"A Geórgia vai pedir uma reunião extraordinária do Conselho de Segurança da ONU" para "examinar o recente caso de bombardeio", declarou o ministro georgiano das Relações Exteriores, Gela Bezhuashvili, durante uma entrevista coletiva em Tbilisi.

Um míssil caiu nesta segunda-feira nas proximidades de Tbilisi, capital georgiana, sem explodir ou provocar vítimas. As autoridades locais acusam Moscou de ter invadido o espaço aéreo georgiano e de ter sido o autor do lançamento do míssil.

Moscou, no entanto, nega categoricamente. Nesta quarta-feira, investigadores georgianos, russos e representantes internacionais convidados pela Geórgia procuravam esclarecer o enigma do míssil.

Observadores da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE), levados ao lugar onde o míssil caiu, se mantiveram cautelosos e, de acordo com as regras da OSCE não tornarão seu relatório público.

Bezhuashvili garantiu, no entanto, que Tblisi estava pronta para "conversas com a Rússia, não importa em qual formato, não importa em que lugar".

Em Washington, o departamento de Estado considerou o míssil uma "provocação" e avisou que vai estudar o caso.

Quanto à Otan, ela "acompanha a situação", mas ainda não foi solicitada a participar da investigação.

Em Londres, a diplomacia britânica pediu que a investigação fosse "mais rápida e minuciosa o possível" e que "todos os envolvidos cooperassem plena e rapidamente".

Governantes dos três países bálticos, antigas repúblicas soviéticas como a Geórgia, manifestaram seu apoio a Tbilisi e pediram uma investigação internacional sobre este míssil.

A Rússia afirmou não estar "ligada a este acidente" por meio de Iouri Popov, encarregado do caso no ministério das Relações Exteriores, completando que o país espera "as conclusões oficiais" das buscas.

Os georgianos garantem que o artefato encontrado é um míssil tático anti-radar Raduga Kh-58 de fabricação russa, lançado por um bombardeiro russo Su-24.

Respondendo às acusações de Moscou segundo as quais a Geórgia teria lançado este míssil para desestabilizar ainda mais a situação na região e justificar uma intervenção armada, o ministério garante que as forças georgianas não possuem nem aviões, nem mísseis deste tipo.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]