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Mali, na África, é alvo de golpe de Estado de militares

Mali, na África Ocidental, foi alvo nesta quarta-feira (22) de um golpe de Estado promovido por forças militares, lideradas pelo capitão Amadou Sanogo. A confirmação do ato foi feita pelo próprio oficial

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Os militares que participaram na quarta-feira (21) do golpe de Estado contra o presidente do Mali, Amadou Toumani Touré, fecharam o espaço aéreo e as fronteiras terrestres do país, confirmaram à Agência Efe fontes próximas aos próprios golpistas.

A medida foi tomada pelo autoproclamado Comitê Nacional para o Restabelecimento da Democracia e a Restauração do Estado (CNRDRE), sob o qual se reúnem os golpistas, e permanecerá em vigor pelo menos até a próxima terça-feira, de acordo com as fontes.

O aeroporto internacional de Bamaco, a capital de Mali, permanece fechado desde quarta-feira e desde então nenhum voo decolou ou aterrissou na localidade.

A administração ficou paralisada, embora o CNRDRE tenha pedido aos funcionários que voltem aos seus postos na terça-feira. Os que descumprirem a disposição serão suspensos do serviço.

Dezenas de soldados tomaram posições na região dos ministérios em Bamaco. A Junta Militar ordenou às tropas que patrulham as ruas que não façam disparos para o ar e mantenham-se calmos.

O Palácio Presidencial foi tomado ontem à noite pelos golpistas e saqueado, da mesma forma como ocorreram saques em diversas áreas da capital e tiroteios.

Na madrugada passada, o CNRDRE, presidido pelo capitão Amadou Sanogo, anunciou a revogação da Constituição e a dissolução de todas as instituições do Estado.

O organismo, no entanto, disse que não quer o poder, mas abrir caminho para o diálogo com os partidos da oposição.

O golpe de estado começou com motim no quartel de Kati, a 15 quilômetros da capital, mesmo local onde em fevereiro ocorreram distúrbios nas imediações.

Os soldados se negam a participar dos confrontos entre o Exército e as forças independentistas tuaregue no norte de Mali, que pegaram em armas em 17 de janeiro para reivindicar a autodeterminação da parte setentrional do país.

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