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Edifício do conselho da cidade de Birmingham, no Reino Unido
Edifício do conselho da cidade de Birmingham, no Reino Unido| Foto: Wikimedia Commons

Birmingham, a segunda maior cidade do Reino Unido, declarou falência nesta terça-feira (5), interrompendo todos os gastos não essenciais da cidade após receber reivindicações de igualdade salarial entre servidores e servidoras que totalizam até 760 milhões de libras (aproximadamente US$ 956 milhões).

O Conselho da Cidade, comandado pelo Partido Trabalhista, que fornece serviços para mais de 1 milhão de pessoas, emitiu um comunicado nesta terça, no qual confirmou que está suspendendo todas as despesas do município, exceto as que são destinadas aos serviços essenciais exigidos por lei.

O déficit municipal surgiu devido a dificuldades do Conselho para atender reivindicações de igualdade salarial feitas por servidoras. Os gastos para garantir essa paridade variam entre 650 milhões (cerca de US$ 816 milhões) e 760 milhões de libras (cerca de US$ 954 milhões), de acordo com um relatório divulgado pelas autoridades junto com o comunicado.

Essas reivindicações vêm desde 2012, quando um grupo de 170 servidoras ganhou na Justiça o direito de prosseguir com seus pedidos de igualdade salarial contra o conselho da cidade. Na época, elas alegaram que o conselho não pagava para as mulheres os mesmos salários e benefícios que os homens obtinham realizando os mesmos serviços.

Segundo informações da CNN, Sharon Thompson, do Partido Trabalhista e vice-líder do conselho local, informou aos conselheiros nesta terça que a cidade enfrenta "questões de longa data, incluindo as preocupações com a responsabilidade histórica de igualdade salarial dentro do conselho".

Por causa dessas dificuldades e dos pagamentos que terão que fazer, o conselho da cidade agora projeta um déficit de 87 milhões de libras (cerca de US$ 109 milhões) para o ano financeiro de 2023-24.

Thompson culpou em parte o Partido Conservador, que governa o Reino Unido, pela dificuldade da cidade em conseguir os recursos para arcar com a igualdade salarial. Ela disse que Birmingham "teve 1 bilhão de libras de financiamento retirados pelos sucessivos governos conservadores".

Em resposta, um porta-voz do primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, do Partido Conservador, disse aos repórteres nesta terça que "claramente, é responsabilidade dos conselhos locais eleitos gerenciar seus próprios orçamentos".

O porta-voz acrescentou que o governo tem mantido "contato regular com eles [conselheiros de Birmingham] a esse respeito e expressou preocupação com seus arranjos de governança e solicitou garantias do líder do conselho sobre o melhor uso do dinheiro dos contribuintes".

O líder do conselho de Birmingham, John Cotton, do Partido Trabalhista, afirmou à BBC que anunciou a implementação de um novo modelo de emprego no conselho para enfrentar o problema das reivindicações de igualdade salarial.

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