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La Paz – O governador do departamento (Estado) de Cochabamba, Manfred Reyes Villa, que é alvo de protestos por parte de simpatizantes do presidente Evo Morales, manifestou ontem sua preocupação com a possibilidade de a Bolívia se afundar em uma guerra civil.

Em declarações à rede de televisão Unitel, Reyes disse que os conflitos protagonizados por milhares de camponeses e plantadores de folha de coca, que pedem a sua renúncia, e grupos que defendem a permanência do governador no poder poderão se transformar em "uma guerra civil". Reyes está refugiado na cidade de Santa Cruz.

"Não permitirei que meu povo se enfrente em Cochabamba, não serei o autor de uma guerra civil no país", disse Reyes, com lágrimas nos olhos. O governador foi eleito democraticamente em dezembro de 2005 para uma gestão de cinco anos.

Setores que fazem parte do Movimento ao Socialismo (MAS), partido de Evo, exigem a renúncia de Reyes por este ter expressado seu desejo de coletar assinaturas para convocar um referendo sobre a autonomia de Cochabamba. Ao mesmo tempo, dirigentes sindicais vinculados ao governo organizaram uma assembléia na vizinha cidade de El Alto para exigir a renúncia do governador de La Paz, o também opositor José Luis Paredes.

O presidente boliviano Evo Morales assegurou ontem, em Quito, que não existe risco de um golpe de Estado em seu país e descartou uma secessão por causa das reinvidicações de autonomia. "As Forças Armadas mudaram desde o momento em que o último ditador (Luis García Meza) foi para a prisão sem direito a indulto", afirmou Morales ao canal Ecuavisa. "Neste momento tenho muita confiança nas Forças Armadas", enfatizou o presidente, que se encontra no Equador para a posse de seu colega Rafael Correa.

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