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O Senado americano rejeitou hoje (30) a proposta provisória de Orçamento aprovada pela Câmara no fim de semana e o governo federal dos EUA deu mais um passo em direção a uma paralisação parcial, na qual seus recursos para pagamentos ficariam bloqueados a partir do próximo 17.

Apenas uma medida de última hora que resultasse em acordo poderá evitar que o país amanheça sob o impasse amanhã.

Sem a aprovação nas duas casas até 0h01 desta terça-feira (1h01 em Brasília), início do ano fiscal americano, o teto de endividamento do governo, de US$ 16,7 trilhões (acima do PIB do país, estimado em US$ 16 trilhões), não poderá subir.

O montante já havia sido atingido em maio, mas desde então o governo vinha lançando mão de medidas emergenciais para ganhar tempo e dinheiro.

Segundo o secretário do Tesouro, Jacob Lew, esses recursos se esgotarão dia 17, o que pode implicar tanto na retenção do pagamento de cerca de 800 mil funcionários públicos quanto em um menos provável congelamento dos pagamentos de juros da dívida americana, um calote que abalaria a confiança dos investidores e teria consequências no mercado global.

Na noite de hoje, a Câmara, dominada pela oposição republicana, ainda tenta redesenhar e votar medidas de emergência, enquanto o presidente Barack Obama, democrata, insta o Congresso a agir.

A Câmara, por sua vez, tenta condicionar a elevação do teto da dívida ao adiamento por um ano da reforma da saúde promovida por Obama, que se tornou a marca do democrata e cujas principais medidas devem entrar em vigor em janeiro próximo.

"Muitos de nós queremos manter a batalha contra o Obamacare", disse à rede de TV CNN o deputado republicano Sean Duffy, da ala conservadora Tea Party.

Obama telefonou para os deputados da oposição instando-os a abdicar das questões políticas para impedir a paralisação antes da meia-noite e a endossar a proposta do Senado para ampliar a liberação dos gastos temporariamente.O presidente disse também que "não está resignado" e não vai negociar uma solução de curto prazo para o Orçamento. Ele disse esperar um acordo antes do fim do prazo afirmou que conversaria sobre o caso com os líderes do Congresso nos próximos dias.

O impasse é mais um capítulo da queda de braço para conter o rombo no Orçamento americano, no qual os democratas costumam defender aumento dos impostos e cortes na Defesa e os republicanos, redução de gastos sociais. A última vez que o governo foi paralisado por falta de recursos foi sob o também democrata Bill Clinton, em dois períodos, totalizando 28 dias, entre novembro de 1995 e janeiro de 1996.

Uma eventual paralisação exclui serviços essenciais, como tribunais federais, e também vencimentos de soldados. Mas funcionários civis do departamento de Defesa ficam em casa sem receber.

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