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O porta-voz da Casa Branca, John Kirby, alegou que a falta de preparação do governo Trump “limitou” as opções de retirada do Afeganistão para a gestão Biden
O porta-voz da Casa Branca, John Kirby, alegou que a falta de preparação do governo Trump “limitou” as opções de retirada do Afeganistão para a gestão Biden| Foto: EFE/EPA/Chris Kleponis/CNP

O governo dos Estados Unidos, presidido pelo democrata Joe Biden, divulgou nesta quinta-feira (6) um relatório que culpa a gestão do republicano Donald Trump (2017-2021) por não ter desenvolvido um plano para facilitar a retirada das tropas americanas do Afeganistão após 20 anos de guerra.

De acordo com um resumo do documento, divulgado pela Casa Branca, a gestão de Trump não forneceu a Biden nenhum plano sobre como levar a cabo a retirada das tropas ou como retirar cidadãos americanos no país, assim como os seus aliados afegãos.

“De fato, não havia qualquer plano em vigor quando o presidente Biden tomou posse” em janeiro de 2021, alegou o documento.

Em entrevista coletiva, o porta-voz da Casa Branca, John Kirby, argumentou que houve falta de preparação de Trump, dizendo que as decisões do ex-presidente “limitaram” as opções disponíveis para Biden.

Entre outros pontos, Kirby citou a decisão de Trump de reduzir a presença das tropas americanas no Afeganistão para 2,5 mil, o ponto mais baixo desde que a guerra começou, em 2001, e afirmou que não destinou recursos suficientes a um sistema de concessão de vistos aos aliados afegãos dos EUA.

Segundo o porta-voz, a equipe de Biden aproveitou os meses que antecederam a sua chegada à Casa Branca, depois de ter vencido as eleições de novembro de 2020, para pedir aos assessores de Trump planos elaborados para a saída americana do Afeganistão, mas descobriu que não havia nada.

Nesta quinta-feira, a Casa Branca enviou ao Congresso a versão completa do relatório contendo informações confidenciais e analisando os preparativos dos EUA para a retirada, que foi marcada pelo ataque ao aeroporto de Cabul, reivindicado pelo grupo jihadista Estado Islâmico (IS) e onde foram mortos cerca de 170 civis afegãos e 13 soldados americanos.

A caótica retirada em agosto de 2021 significou uma queda nos níveis de aprovação de Biden, que não conseguiu retirar do Afeganistão todos os afegãos que lutaram ao lado de Washington e teve de assistir à apreensão de milhões de dólares em material militar americano pelos talibãs.

A oposição republicana no Congresso criticou a forma como a gestão Biden lidou com a retirada afegã e tem pedido há meses a entrega do relatório, o que finalmente aconteceu nesta quinta-feira.

O relatório foi redigido nos últimos meses por diferentes agências governamentais, incluindo os departamentos de Defesa e de Estado.

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