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O procurador-geral dos Estados Unidos, Merrick Garland, alegou que a Apple violou as leis antitruste com o iPhone; governo Biden já tinha processos contra Google, Meta e Amazon
O procurador-geral dos Estados Unidos, Merrick Garland, alegou que a Apple violou as leis antitruste com o iPhone; governo Biden já tinha processos contra Google, Meta e Amazon| Foto: EFE/EPA/MICHAEL REYNOLDS

O governo Joe Biden apresentou nesta quinta-feira (21) uma ação judicial contra a Apple nos Estados Unidos, alegando que a gigante tecnológica criou um monopólio no mercado de smartphones com o seu modelo iPhone.

A ação, movida no tribunal federal de Nova Jersey, representa o primeiro grande esforço antitruste contra a Apple por parte do governo Biden.

“Os consumidores não deveriam ter que pagar preços mais altos porque as empresas violam as leis antitruste”, disse o procurador-geral Merrick Garland em um comunicado.

“Se isso não mudar, a Apple continuará fortalecendo seu monopólio em smartphones”, acrescentou.

A ação, movida pelo Departamento de Justiça e por 16 procuradores-gerais dos estados, acusa a Apple de ter restringido o acesso à tecnologia que usa para os iPhones de uma forma que aumenta os custos para os consumidores e impede potenciais rivais de lançar outros smartphones.

O Departamento de Justiça afirma que a Apple usou seu controle sobre o iPhone para “participar em um tipo de conduta ilegal, de maneira ampla e sustentada”.

Entre outras coisas, o processo alega que a Apple impede o desenvolvimento bem-sucedido dos chamados “super aplicativos” que permitiriam aos consumidores trocar de smartphone com mais facilidade.

A Apple também é acusada de bloquear o desenvolvimento de aplicativos de streaming que permitiriam aos usuários desfrutar de vídeos de alta qualidade sem ter que pagar por mais espaço na nuvem ou hardware para que o telefone pudesse suportá-los.

O caso visa especificamente a fortaleza digital que a Apple criou não só com o iPhone, mas também com outros produtos, como o iPad, Mac e Apple Watch, para que os consumidores tenham que confiar nesses dispositivos e não possam combiná-los com produtos de outras empresas.

A Apple, com sede em Cupertino (Califórnia), negou as acusações e acusou o governo americano de ter ultrapassado os limites nas acusações, segundo um comunicado divulgado pela imprensa local.

“Este processo ameaça quem somos e os princípios que diferenciam os produtos Apple em mercados intensamente competitivos”, defendeu-se a Apple, que alegou que se o processo for bem sucedido, será estabelecido “um perigoso precedente”, dando poder ao governo para intervir no planejamento do setor de tecnologia.

Com este processo, a Apple junta-se à lista de gigantes da tecnologia contra os quais o governo Biden lançou uma ofensiva.

O Departamento de Justiça já processou o Google por monopolizar serviços de publicidade digital, e a Comissão Federal de Comércio tem um processo antitruste pendente contra a Meta, controladora do Facebook e Instagram, e outro contra a Amazon.

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