Exército mata palestino após 3 meses de trégua
O Exército israelense matou ontem um homem palestino na Faixa de Gaza. Foi o primeiro morto depois que israelenses e palestinos fecharam em agosto um cessar-fogo na região, segundo o ministério da Saúde de Gaza.
O porta-voz do ministério disse que Fadel Mohammed Halawa, de 32 anos, arava seu campo quando foi atingido por um atirador israelense na fronteira com a Faixa de Gaza. A família de Halawa diz que ele buscava canários que vivem nas árvores próximas à divisa, vendidos por altos preços no mercado local.
Já o Exército israelense afirma ter disparado contra dois palestinos que se aproximaram da divisa, atingindo um deles após eles ignorarem gritos para que parassem e tiros de alerta.
Há muito tempo, Israel designou as regiões próximas à fronteira com a Faixa de Gaza como proibidas para palestinos, citando a preocupação de que militantes pudessem plantar bombas ou vigiar as patrulhas israelenses.
Em julho e agosto, durante 50 dias, combatentes palestinos e tropas israelenses se confrontaram na Faixa de Gaza, num conflito que matou 2.200 palestinos e mais de 70 israelenses.
O gabinete de governo de Israel aprovou ontem um projeto de lei controverso que define o país como o Estado do povo judeu, o que deverá intensificar as tensões com os palestinos e com os cidadãos israelenses cristãos, muçulmanos e de outras religiões.
O projeto, que ainda precisa ser aprovado pelo Parlamento israelense, tem sido alvo de críticas segundo as quais ele vai minar o caráter democrático do Estado. Para alguns grupos defensores dos direitos humanos, a nova lei é racista.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que a lei de nacionalidade é necessária para ancorar a natureza judaica e democrática do Estado. "Há aqueles que gostariam que o democrático prevalecesse sobre o judaico, e há aqueles que gostariam que o judaico prevalecesse sobre o democrático. Nos princípios da lei que vou submeter hoje, ambos esses valores são iguais, e ambos devem ser considerados no mesmo grau", afirmou.
A discussão entre os membros do gabinete de governo, liderado pelo partido direitista Likud, foi acalorada. Dois ministros centristas votaram contra o projeto e disseram que apresentá-lo nesse momento delicado deverá levar a uma escalada nas tensões com os palestinos. As últimas semanas foram marcadas pela intensificação das construções de assentamentos somente para judeus em terras palestinas e por ataques violentos de palestinos contra judeus, seguidos por demolições de residências de palestinos considerados suspeitos.
O ministro das Finanças, Yair Lapid, que é líder do partido centrista Yesh Atid, disse que o projeto "é uma lei ruim, elaborada numa linguagem ruim". Depois de votar contra o projeto, seu partido realizou uma reunião de emergência para discutir novas medidas.
Violência
A violência das últimas semanas está centrada em um dos locais mais sagrados de Jerusalém, o Monte do Templo, onde estão a mesquita de Al-Aqsa e o Domo da Rocha. Autoridades israelenses têm restringido a entrada de muçulmanos nesses locais de culto.
20%
Em sua forma atual, o projeto determina o reconhecimento da natureza judaica de Israel, institucionaliza a lei religiosa judaica como a base para toda a legislação e remove o árabe das línguas oficiais do país. Os árabes, que representam cerca de 20% da população de Israel, são fortemente contra o projeto.
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