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O governo de Israel aprovou nesta terça-feira a construção de 1.100 casas na Jerusalém Oriental, uma ação que pode dificultar ainda mais a retomada das negociações de paz com os palestinos. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, por sua vez, descartou em artigo publicado no "Jerusalem Post" a interrupção na construção de assentamentos.

Enfrentando nova pressão de mediadores internacionais nas Nações Unidas para voltar à mesa de negociações, o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, afirmou que não vai negociar a menos que Israel suspenda a construção de casas na Cisjordânia e na Jerusalém Oriental, terras que os palestinos reivindicam como parte de um futuro Estado independente. As duas áreas foram capturadas por forças israelenses durante a Guerra de 1967.

Netanyahu alegou que a suspensão por 10 meses na construção de assentamentos no ano passado não trouxe resultados. Segundo ele, não há necessidade para uma outra moratória. "Já fizemos o que podíamos - disse o premier, referindo-se ao congelamento das construções em 2010."

A postura de Israel foi endossada pelo embaixador americano em Tel Aviv, Dan Shapiro, ao reafirmar nesta terça que Washington se opõe à suspensão dos assentamentos como precondição para a retomada das negociações."Nunca estabelecemos isso, nesse governo ou em qualquer outro, como precondição para as negociações", disse ele à Rádio do Exército Israelense ao ser perguntado se concordava com a demanda palestina.

Shapiro ressaltou que os Estados Unidos há muito se opõem aos assentamentos israelenses na Cisjordânia, mas acrescentou: "O que temos dito insistentemente é que acreditamos que as negociações diretas são o único meio de resolver esse conflito, que só pode ser resolvido entre as partes envolvidas, e elas devem participar sem precondições."

Em Nova York, um Conselho de Segurança dividido começou a discutir, a portas fechadas, o pedido de reconhecimento do Estado palestino, onde parece estar destinado a um debate simbólico diante do provável veto dos Estados Unidos. A iniciativa palestina enfrenta uma luta árdua para garantir os nove votos necessários para aprovação. Sem esses votos, o governo Obama será poupado do constrangimento de ter de vetar o pedido, no que seria mais um golpe aos seus esforços de assegurar a paz do Médio Oriente.

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