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O presidente interino de Madagáscar, Andry Rajoelina: golpe de Estado | Gregoire Pourtier/AFP
O presidente interino de Madagáscar, Andry Rajoelina: golpe de Estado| Foto: Gregoire Pourtier/AFP

Antananarivo - Após uma assembleia nacional convocada pelo governo de transição de Madagáscar, o líder do país, Andry Rajoelina, anunciou ontem que as próximas eleições presidenciais serão realizadas em outubro de 2010. O anúncio foi feito após uma reunião com vários grupos em Antananarivo para tratar do futuro político do país, após a queda em 17 de março passado do presidente Marc Ravalomanana em um golpe de Estado com apoio militar.

A resolução da assembleia também sugere a realização de eleições legislativas em março de 2010 e de um referendo sobre uma nova Constituição em setembro do mesmo ano.

Apoiadores do presidente deposto boicotaram a conferência convocada pelo governo e fizeram uma reunião separada ontem. Eles disseram que tropas de paz estrangeiras podem intervir no país para ajudar a restaurar a ordem política.

Os principais grupos africanos de países rejeitaram a mudança de poder em Madagáscar, e o governo dos Estados Unidos classificou de "antidemocrática" a derrubada de Ravalomanana. A presidência tcheca da União Europeia (UE) também concluiu que a chegada ao poder de Rajoelina foi um golpe de Estado.

Governante de fato de Madagáscar, Rajoelina – que não tem idade para ser presidente, de acordo com a Constituição –, que forçou a renúncia de Ravalomanana mediante violentas manifestações, nas quais morreram cerca de 140 pessoas, e a intimidação contra o chefe de Estado por parte de um setor do Exército, tinha prometido quando tomou o poder que as eleições seriam realizadas em 24 meses.

"A transição será, portanto, de 19 meses em lugar de 24", disse Rajoelina aos cerca de 1.200 participantes das chamadas Audiências Nacionais – que começaram na quinta-feira, em Antananarivo, embora sem o partido de Ravalomanana, Tiako I Madagasikara (TIM, Eu Amo Madagáscar, no idioma malgaxe).

O TIM também não participa da Alta Autoridade da Transição (AAT), o governo de fato integrado por todos os partidos políticos opostos a Ravalomanana e liderado por Rajoelina, que também anunciou ontem que o calendário da transição começa com uma conferência nacional em junho na qual se confirmará o mapa de caminho.

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