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O governo de coalizão italiano de Matteo Renzi enfrenta nesta segunda-feira (24) o voto de confiança do Senado, primeiro passo para confirmar a posse e o mais difícil, já que nesta casa do Legislativo os números de sua maioria são mais apertados.

O procedimento de posse começará às 16h locais (12h de Brasília) com um discurso de Renzi, e em seguida se iniciará o debate parlamentar e a votação.

Amanhã, o mesmo procedimento será realizado na Câmara dos Deputados.

O Executivo de Renzi, o primeiro com paridade de gênero da história da Itália: oito ministras e oito ministros, e o mais jovem, com 48 anos e quatro meses de média, prestou juramento no sábado, com exceção do ministro da Economia, Pier Carlo Padoan, que adiou para hoje o ato.

O governo do líder do Partido Democrata (PD), que aos 39 anos será o presidente de governo mais jovem da história italiana, é integrado pelas mesmas formações que apoiaram Letta nos últimos meses: o Novo Centro-direita (NCD), de Angelino Alfano, e os centristas Populares para a Itália-UDC e Escolha Cívica, assim como outros pequenos partidos.

No entanto, a caminhada do governo de Renzi já começa cheia de obstáculos.

Os membros do Populares para a Itália-UDC tinham ameaçado não votar a posse, mas finalmente cederam "por respeito ao chefe de Estado, Giogio Napolitano".

O mesmo ocorreu com alguns senadores do PD, que após assegurar que não votariam a posse pois não se alinhariam a um partido de direita, finalmente mudaram de ideia para não rachar a legenda.

Como no caso de Letta, Renzi não terá problemas na Câmara dos Deputados pois seu partido, excluindo qualquer apoio, conta com a maioria absoluta de 293 cadeiras, de um total de 316.

No entanto, no Senado, onde a maioria é de 161 votos, é vital o apoio de cada um dos grupos políticos que aderiram ao Executivo.

A atenção hoje está centrada também no discurso de Renzi, no qual o político descreverá seu programa governamental e sua intenção de permanecer no cargo até o término da legislatura, prevista para 2018.

Renzi deverá reiterar a urgência de aprovar a nova lei eleitoral e as reformas constitucionais, entre elas a abolição do Senado como casa legislativa.

O Executivo de Renzi já viveu sua primeira polêmica quando o subsecretário da Presidência do governo, Graziano Delrio, anunciou ontem a intenção de se criar um novo imposto sobre renda, o desagradou os membros da centro-direita que fazem parte da coalizão.

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