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O vice-primeiro-ministro do Egito, Ziad Bahaa el-Din, irá propor uma maneira de acabar com o confronto sangrento entre as forças de segurança e a Irmandade Muçulmana, que apoia o presidente deposto Mohamed Mursi, neste domingo, quando o gabinete irá discutir a crise.

Mas suas ideias parecem ir contra a sugestão do primeiro-ministro para dissolver a organização islâmica.

As autoridades declararam estado de emergência, após centenas de pessoas terem sido mortas em ataques na quarta-feira em dois protestos no Cairo para exigir a reintegração de Mursi.

A proposta do vice-primeiro-ministro, um liberal, exige o fim imediato do estado de emergência, a participação política de todos os partidos e garantias dos direitos humanos, incluindo o direito à liberdade de reunião.

A Irmandade informou que vai manter os protestos em massa até Mursi, derrubado pelo exército em 3 de julho depois de enormes manifestações contra ele, ser libertado da prisão e voltar para o gabinete.

As frenéticas ruas da capital, excepcionalmente vazias nos últimos dias, voltavam ao normal neste domingo, apesar de o exército manter várias grandes praças fechadas e determinado toque de recolher durante a noite.

Ajuda internacional revisada

O Egito vai revisar toda a ajuda internacional que recebe para comprovar se é utilizada de uma maneira "positiva", assegurou neste domingo o ministro egípcio de Relações Exteriores, Nabil Fahmi.

"As ajudas estrangeiras não representam uma intervenção em nossos assuntos", argumentou em entrevista coletiva Fahmi, que disse ter pedido ao Governo a revisão deste assunto.

O ministro das Relações Exteriores explicou que o que acontece no Egito "é muito maior do que pensar agora nas ajudas estrangeiras", rejeitando a atitude de alguns países que ameaçaram retirar ou suspender sua assistência ao país por causa da crise e da violência.

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