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Moradores e autoridades do Golfo do México, nos Estados Unidos, conclamaram a British Petroleum e o governo federal neste domingo (30) a fazer mais para salvar a costa da poluição depois que a gigante de energia falhou em uma tentativa de conter o pior vazamento de óleo da história norte-americana.

O fracasso do chamado "top kill", técnica para selar o poço defeituoso, desencadeou uma maré de raiva e frustração que se mostra um grande desafio para o presidente Barack Obama, que agora chama o vazamento de uma calamidade causada pelo homem. Obama enfrenta críticas de que seu governo reagiu com muita lentidão.

"Estou arrasado... estamos morrendo uma morte lenta. Toda vez que o óleo invade um pedaço, uma parte da Louisiana desaparece para sempre", disse Billy Nungesser, presidente da paróquia de Plaquemines, uma das áreas mais afetadas da costa após 40 dias de vazamento.

Após desistir de uma tentativa de bombear fluidos pesados e materiais selantes no poço defeituoso no sábado, engenheiros da BP agora buscam outra alternativa para tentar conter a poluição.

Mas a empresa alertou que o novo procedimento, que buscará encaixar uma tampa de contenção sobre o poço, pode levar de quatro a sete dias e mesmo assim seu sucesso não é garantido.

Uma solução mais confiável, um poço de alívio já sendo perfurado, só será finalizada no início de agosto.

Isso significa que o óleo continua a vazar diariamente nas águas do golfo, alimentando uma enorme mancha fragmentada que já poluiu manguezais ricos em vida selvagem e pesca na Louisiana.

"Este provavelmente é o maior desastre ambiental que enfrentamos em nosso país", disse Carol Browner, principal conselheira de energia da Casa Branca, no programa "Meet the Press" da NBC.

Falando ao programa "Face the Nation" da CBS, Browner disse que o vazamento pode continuar até agosto e que o governo está se "preparando para o pior".

Enfrentando grande pressão do governo e do público, o diretor-gerente da BP, Robert Dudley, disse à CNN: "Iremos redobrar nossos esforços para garantir que o óleo seja mantido longe das praias".

No sábado, Obama classificou o vazamento contínuo de "um ataque às pessoas da região do Golfo do México, ao seu modo de vida e à riqueza natural que pertence a todos nós".

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