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O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, afirmou nesta quinta-feira (9) que a situação de violência na Síria "assumiu proporções gravíssimas e muito preocupantes". Ele admitiu que o governo brasileiro está especialmente apreensivo com os 3 mil brasileiros que vivem naquele país. Segundo Patriota, apenas uma família brasileira procurou a embaixada em Damasco pedindo apoio para voltar ao Brasil. O chanceler diz que o governo acompanha de perto o que está acontecendo na Síria.

"O secretário-geral da Liga Árabe antecipou uma medida que parece que de fato agora está se materializando que é de regresso dos observadores da Liga, com o apoio da Nações Unidas. Esperamos que essa movimentação diplomática da Liga Árabe, do Conselho de Segurança, contribua para um fim à violência, que está assumindo proporções gravíssimas e muito preocupantes. Preocupantes inclusive para a população civil, de nacionalidade brasileira, que são cerca de 3 mil", disse o chanceler.

Com relação aos brasileiros que procuraram ajuda diplomática, Patriota disse esperar que o retorno deles possa ser feito com segurança: "Entramos em contato com o embaixador, e esperamos que possam ser repatriados ao Brasil. É um casal sírio com dois filhos com nacionalidade brasileira. Esperamos que isso possa ser realizado em segurança", afirmou.

Segundo o chanceler, a maioria dos brasileiros vive em Damasco, onde há uma situação de relativa segurança. Ele defendeu, no entanto, que a comunidade internacional intensifique seus esforços para acabar com o levante de violência, que já causou um número "inaceitável" de vítimas. "É necessário uma intensificação dos esforços diplomáticos para por um fim a essa escalada de violência, que já fez um número absolutamente inaceitável de vítimas e continua a ser um fonte de grande preocupação para a comunidade internacional", ponderou.

Na última quarta-feira, forças do governo Sírio, do presidente Bashar al-Assad, bombardearam pelo quinto dia consecutivo a cidade de Homs, onde se concentram dissidentes do regime. Lá pelo menos 93 civis foram mortos no período, sendo 18 bebês prematuros que não resistiram à falta de energia elétrica que os ligavam a aparelhos respiradores causada pelos bombardeios.

O chanceler brasileiro fez as declarações à imprensa no Palácio do Itamaraty, durante visita do colega hondurenho, Arturo Corrales Álvarez a Brasília.

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