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Manifestantes pró-governo agitam bandeiras nacionais durante rally em Bangcoc | Reuters
Manifestantes pró-governo agitam bandeiras nacionais durante rally em Bangcoc| Foto: Reuters

O governo tailandês se reuniu no sábado (24) para avaliar uma oferta de paz de dezenas de milhares de manifestantes que pedem eleições imediatas que podem dar um fim às manifestações e confrontos em Bangcoc.

Os manifestantes de camisas vermelhas apóiam o ex-primeiro ministro Thaksin Shinawatra, que foi retirado do poder. Eles disseram na sexta-feira que acabariam com três semanas de ocupação do rico bairro de compras de Bangcoc se o governo dissolvesse o parlamento em 30 dias e convocasse eleições, aliviando a exigência anterior de que o parlamento fosse dissolvido imediatamente.

Não está claro se o governo do primeiro-ministro Abhisit Veijaiiva, que tem apoio dos militares, concordaria com isso. Analistas dizem que ele está ficando sem opções depois de várias semanas de manifestações que aumentaram o poder dos manifestantes.

"O governo teria de concordar com um prazo de três meses, mas isso não seria suficiente para acabar com as manifestações," disse Pitch Pongsawat, cientista política da Universidade de Chulalongkorn. "Não parece haver um controle centralizado do que está acontecendo nas ruas."

Com a nova oferta, o governo teria mais 60 dias até as eleições.

Abhisit e outros oficiais do governo reuniram-se numa base militar para avaliar a oferta dos camisas vermelhas.

A violência e a divisão política já levaram alguns a falar em guerra civil na segunda maior economia do sudeste asiático.

Governos estrangeiros e a Organização das Nações Unidas pediram aos dois lados para controlar as paixões depois que dois incidentes de violência durante as manifestações deixaram 26 mortos e centenas de feridos.

O banco central disse esta semana que a crise está afetando o turismo, a confiança do consumidor, o consumo privado e o investimento.

Os camisas vermelhas dizem que Abhisit, que nasceu na Inglaterra e foi educado em Oxford, chegou ao poder de maneira ilegítima em dezembro de 2008, à frente de uma coalizão militar que se uniu depois que os tribunais dissolveram um partido que apoiava Thaksin e liderava o governo anterior.

Abhisit não se comprometeu a aceitar a oferta de acordo em comentários a repórteres na sexta feira. "Estou aqui para resolver o problema. Se eu não puder resolver o problema, não devo ficar (como primeiro ministro)."

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