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Ao menos 24 pessoas, incluindo jornalistas e produtores de tevê, foram presas ontem em operação realizada pela polícia turca contra o movimento liderado pelo clérigo islâmico moderado Fethullah Gulen, acusado de fazer forte oposição ao governo do presidente Recep Tayyip Erdogan.

Segundo agência de notícias, um tribunal da Turquia emitiu 32 mandados de prisão contra pessoas suspeitas de ligação com o movimento.

Entre os presos, estão o editor-chefe do jornal Zaman, Ekrem Dumanli, e o presidente-executivo da rede de televisão Samanyolu, Hidayet Karaca.

Esse foi o mais recente ato de repressão sobre o movimento. O governo alega que os detidos são suspeitos de "usar intimidação e ameaças" para tentar tomar o controle do país.

Ainda segundo o governo, o movimento liderado por Gulen orquestra um plano para tentar derrubar o presidente.

O clérigo, exilado nos EUA, nega as acusações. Durante um discurso no último sábado, Erdogan prometeu "derrubar a rede de traição e fazê-la pagar".

A chefe de Relações Exteriores da União Europeia (UE), Federica Mogherini, e o Comissário para Política Europeia de Vizinhança, Johannes Hahn, consideraram as prisões "incompatíveis com a liberdade de imprensa, que é um princípio fundamental da democracia". Eles sugeriram ainda que a questão poderia refletir sobre a candidatura de adesão da Turquia à UE.

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