O governo de Israel decidiu neste domingo (14) permitir que 8 mil etíopes que reivindicam ascendência judaica entrem no país e obtenham a cidadania israelense, incluindo alguns que esperaram por anos em campos de transição.
"O governo de Israel quer resolver esse problema, por que há uma difícil crise humanitária lá", afirmou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ao seu gabinete, pouco após a aprovação da medida.
Mais de 100 mil judeus da Etiópia já vivem em Israel. Muitos chegaram nas décadas de 1980 e 1990, em períodos de grandes problemas políticos e de fome na Etiópia.
A decisão deste domingo diz respeito aos Falash Mura, que dizem ter sido forçados a se converter ao cristianismo na Etiópia há cerca de cem anos, chegaram nos últimos anos em menor quantidade, mas Israel proibiu a entrada da maioria deles no país há três anos.
Netanyahu afirmou que os Falash Mura, que vivem em condições precárias em Gondar, norte da Etiópia, serão levados a Israel nos próximos três anos.
Grupos imigrantes em Israel protestam há muito tempo contra o atraso na permissão de entrada dos etíopes, dizendo que há famílias divididas, cujos parentes foram deixados para trás.
Israel concede cidadania automática a judeus que imigram para o país desde a aprovação da Lei do Retorno, em 1984. A maioria dos Falash Mura devem passar por um ritual de conversão antes de receber os papéis da cidadania.
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